Mãe denuncia agressão a gêmeos autistas em escola

Foto: Viatura entrando na Depca, onde caso foi registrado. (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)

Mãe de duas crianças autistas procurou a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) para denunciar um professor da escola onde os meninos estudam no Jardim Aero Rancho, em Campo Grande, na tarde desta quarta-feira (13).

De acordo com o registro policial, um dos meninos é autista leve e o outro é asperger. Os gêmeos são acompanhados por um professor auxiliar durante as aulas há um mês. O profissional, segundo a mãe, foi cedido pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) até que o professor especializado em educação especial seja contratado.

À polícia, a mulher contou que desde que começaram a ser acompanhados, os meninos passaram a reclamar do professor auxiliar, mas não davam detalhes do que estaria acontecendo, até que no dia 8 de abril, um deles disse “não gosto dele porque ele me bate”.

Ainda conforme boletim de ocorrência, a mãe conversou com o outro filho sobre o que estaria acontecendo e ele confirmou a versão do irmão e disse que o professor batia neles quando não conseguiam copiar, com reguada nos braços e costas, além de soco.

A mãe dos meninos contou que chegou a ir até a escola e a coordenadora informou que até a terça-feira (12) informaria a família sobre o caso, mas como a direção não afastou o profissional, ela então decidiu procurar a polícia.

A Semed informou que tomou todas as medidas necessárias para proteger as crianças e também o professor, “até que os fatos sejam integralmente esclarecidos” e que o profissional já foi transferido para outra turma.

Em nota a secretaria diz que a mãe dos meninos procurou a escola no dia 8 de abril e relatou a reclamação das crianças. Ontem, o pai dos alunos esteve no local e, de acordo com a pasta, “foi prontamente atendido pela direção que solicitou tempo para verificar a nova denúncia apresentada por ele”.

Por volta da 30 minutos após a visita, o homem voltou à escola e foi informado que a direção ouviu outros quatro professores que estiveram com a turma, além do acusado, e nenhum profissional confirmou as agressões.

A pasta ressalta ainda que em nenhum momento os alunos ficam sozinhos com o profissional que atende os dois desde o dia 3 de março, sem nenhum registro de problema até o momento.

“Entendemos e confiamos no trabalho da Depca, porém cabe ressaltar que as testemunhas ainda não foram ouvidas na referida investigação (já que o caso só foi registrado ontem à tarde). A Semed preza pela total integridade das crianças, preservando o atendimento educacional. Pontuamos a necessidade de cautela para tratar casos como este”, finaliza a nota.

 

Fonte: Campo Grande News

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