A mãe de uma menina de 2 anos procurou a delegacia nessa segunda-feira (13), após descobrir que a criança tinha sido torturada e estuprada pelo padrasto de 21 anos, em Campo Grande. A menina estava com o corpo cheio de hematomas. O caso é investigado pela Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).
A tia da menina, que não será identificada nesta reportagem para preservar a criança, contou que a sua sobrinha está com muito medo, apresentando quadros de diarreias e vômitos após o crime cometido contra ela. “O corpinho dela todo roxo, cheio de hematomas. O que ele fez não tem perdão”, disse a tia.
O crime ocorreu entre os dias 10 e 11 deste mês quando a mãe da menina precisou trabalhar e não tinha com quem deixar a filha. Nisto o padrasto se ofereceu para cuidar da menina.
Suspeitas
No primeiro dia depois de voltar do serviço, a mãe percebeu que a filha estava com um hematoma nas pernas, e ao questionar o companheiro ele teria respondido que a menina havia se machucado ao brincar com outras crianças.
Já no segundo dia ao voltar do trabalho, a mulher notou que a menina estava com hematomas no rosto e no abdômen. Antes, o padrasto da criança havia mandado uma foto pelo WhatsApp para a mulher das partes íntimas da criança dizendo que ela estava com assaduras. Mas ao chegar em casa, a mãe não constatou as assaduras.
A criança foi levada até um posto de saúde onde foi constatado pelos médicos que atenderam a menina que ela estava com os vários hematomas pelo corpo, assim como, havia sinais de abuso sexual sendo ela orientada a procurar uma delegacia para o registro da ocorrência.
O sobrinho de 10 anos do marido da mulher contou que o tio amarrou a menina pelo pescoço, e passou a dar socos nela para que ela dormisse. A tia da menina disse que após os fatos.
Relatos do suspeito
O pai da criança, que mora em outra cidade, disse que vai tentar a guarda da filha. Ele ainda relatou que não via a menina há aproximadamente cinco meses, depois da separação da mulher. Ele contou que nem sabia que a ex estava em outro relacionamento.
Segundo o relato dele, foi a ex-cunhada que entrou em contato com ele pelo WhatsApp contando sobre os fatos. A menina foi enforcada com o fio do carregador de celular para parar de chorar. Ainda foi relatado para ele sobre o fato do possível abuso sexual sofrido pela criança.
A justificativa do homem para cometer o ato é porque a criança chorava muito.
“Eu não devo nada”, disse em vídeo o rapaz de 21 anos, investigado por suspeita de torturar e estuprar a enteada, uma menina de 2 anos. O caso aconteceu em Campo Grande e foi revelado por uma tia da criança, na última segunda-feira (13). “Esse povo que me julgou, me chamou de safado, de Jack, falou até que ia me matar”, disse no vídeo.
O rapaz de 21 anos ainda disse em publicação: “Tô com a consciência limpa, com os dois pés firmes no chão”, afirmou. O vídeo foi publicado em uma rede social.
Família prestou depoimento
“Ela é cúmplice, ela sabia e não fez nada”, disse familiar do pai da menina, sobre a mãe da criança. O casal é separado e o atual companheiro da mulher é o suspeito do crime. “Queria que ela fosse presa também”, relatou ainda a mulher.