Edijalma Hércules dos Santos, de 32 anos, morto a tiros pelas costas, durante a madrugada desta sexta-feira (15), em Campo Grande, no Parque do Lageado, tinha ido comprar milho de pipoca para o filho de 2 anos, quando o crime aconteceu. Walter foi preso em flagrante pelo assassinato.
Moradores do bairro se disseram chocados com o crime, já que Edijalma seria uma pessoa tranquila e de ‘boa’. O dono da conveniência de 35 anos, onde ocorreu o assassinato contou que estava a vítima e mais três clientes no estabelecimento, e que já se preparava para fechar.
Ele ainda relatou que Edijalma chegou ao local perguntando se tinha milho de pipoca para estourar, quando respondeu que não vendia oeste tipo de produto. O proprietário ainda falou que entrou para buscar uma cerveja para um dos clientes quando ouviu nos disparos, e ao sair viu a vítima correndo e achou que não havia sido atingido. Walter já havia fugido.
O dono da conveniência falou que Edijlama vivia indo ao local para comprar salgados e refrigerante para o filho de 2 anos. Uma moradora contou que fazia pouco tempo que a vítima morava naquela região e que era de ‘boa’. “Estou chocada”, disse a mulher.
Outra moradora falou que acordou com os tiros e que ficou junto do marido olhando pela janela, quando viu que colocaram Edijalma na sua calçada e ele já parecia morto. Pela manhã a calçada foi limpa pelo marido da mulher.
‘Estava cansado de apanhar’
De acordo com informações do delegado Jarley Inácio, o acusado contou em depoimento que ele já havia sido ameaçado por Edijalma que seria disciplina do PCC (Primeiro Comando da Capital), na região. Ainda segundo Walter, ele estava cansado de apanhar da vítima.
Jarley ainda revelou que a Favela do Anjos é uma ocupação recente, e que a há muita disputa para quem vai controlar o local. Mas, testemunhas contradisseram o depoimento de Walter e afirmaram que o assassino vivia ameaçando as pessoas no bairro, além de ficar fazendo disparos em uma tentativa de intimidar os moradores do local. Walter tem passagens por roubo e tráfico de drogas.
O assassinato
O crime aconteceu depois da meia-noite quando o atirador estava na conveniência, na Rua Maria Del Horno Samper, e Edijalme chegou ao local sendo que Walter Eduardo Ferreira, de 21 anos, preso em flagrante se levantou e passou a atirar na direção da vítima, assim que ela se virou de costas.
Edijalma ainda tentou correr em direção à sua casa que fica perto da conveniência, caiu e sua esposa gritou por socorro. A dona de um trailer de lanches que fica na mesma rua presenciou todo o crime e tentou ajudar a vítima. O homem foi colocado dentro de um carro e levado para atendimento médico.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e fez o atendimento do homem no meio do percurso. Os socorristas tentaram fazer a reanimação de Edijalma, mas ele não resistiu e morreu antes de ser levado para o hospital. O tiro acertou as costas e transfixou no peito. Testemunhas contaram que Walter descarregou o revólver em cima da vítima.
Testemunhas contaram aos policiais onde Walter, conhecido como ‘Du’, morava. Ele vive em um barraco na ‘Favela dos Anjos’. Os policiais foram até o local e ao encontrarem o barraco flagraram o autor conversando com sua mãe sobre o crime, e que não tinha certeza se havia matado Edijalma.
Os policiais fizeram um cerco e deram voz de prisão a Walter, que ainda questionou se Edijalma havia morrido. Quando foi confirmado para ele sobre a morte, ‘Du’ teria dito que ainda bem, “tá feito, não vai mais bater na cara de homem”. O autor contou que na última semana teve um desentendimento com a vítima que deu um soco no rosto dele.
Já a caminho da delegacia, ele tentou voltar atrás dizendo que seu irmão menor de idade que havia cometido o crime.