Integrantes de ministérios públicos (MPs) se reuniram com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (8/11), para tratar das investigações realizadas nos estados sobre protestos que fecharam rodovias brasileiras após o resultado das eleições, em 30 de outubro, e que permanecem em quartéis generais das Forças Armadas.
“Viemos ao TSE para cruzar informações com o TSE. Nossa maior preocupação, agora, é o fluxo financeiro que está proporcionando bloqueios de estradas, avenidas e agora faz com que pessoas possam permanecer em determinados locais de nossas cidades. Vamos continuar o trabalho de identificação desses financiadores. São empresários, que estão sendo investigados. Empresários que financiam movimentos golpistas”, afirmou o procurador-geral de Justiça do MPSP, Mario Sarrubo.
Transações bancárias
Os MPs já identificaram forte movimentação financeira nos movimentos, com alugueis de banheiros, que são rastreáveis, transferências por pix e organizações para manutenção dos movimentos. A consideração é que as atuações são interestaduais e organizadas.
“Há um fluxo financeiro importante que precisa ser identificado. Os movimentos são interestaduais, muito parecidos em todo o Brasil. Os bloqueios nas estradas, uma vez desfeitos, iam para outros trechos. Há algo em nível nacional e os MPs vão trabalhar, junto ao TSE, para que o Brasil prossiga sem golpe ou qualquer movimento que atente contra a democracia”, completou Sarrubo que foi o porta-voz dos procuradores em entrevista coletiva à imprensa, na sede do TSE, nesta terça-feira (8/11).
Fonte: Metrópoles