Mato Grosso do Sul investe na geração de energia limpa com a implantação de três megausinas solares que, juntas, receberão investimento de R$ 5,12 bilhões da Casa dos Ventos, uma das maiores empresas de energias renováveis do país, em parceria com o Governo do Estado.
Com capacidade para suprir 63% do consumo atual do Estado, os projetos posicionam MS entre os 10 maiores geradores de energia solar do Brasil já na entrada das primeiras unidades em operação.
As usinas estão sendo construídas simultaneamente em Campo Grande, Paranaíba e Paraíso das Águas.
Segundo cronograma confirmado em reunião na Governadoria, com a presença do governador Eduardo Riedel (PP), do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, do presidente da Casa dos Ventos, Mario Araripe, e do diretor de Implantação e Operação, Thiago Rezende, as unidades de Campo Grande e Paranaíba começam a operar entre junho e julho de 2026.
A terceira, em Paraíso das Águas, tem início previsto para setembro de 2027.
Com o início das operações, Mato Grosso do Sul aumentará em 45% sua potência instalada, contribuindo ainda para um incremento de 8% na matriz solar do país.
Para o secretário Jaime Verruck, o aporte reforça o planejamento estratégico do governo, que tem a energia como pilar para a atração de investimentos.
“Essas três usinas da Casa dos Ventos representam um avanço decisivo no Programa MS Renovável, ampliando a oferta de energia limpa e fortalecendo a segurança energética necessária ao desenvolvimento econômico. A disponibilidade de energia é fator determinante para que empresários escolham Mato Grosso do Sul para investir”, destacou Verruck.
O Estado, que já é líder nacional na geração de energia a partir da biomassa da cana-de-açúcar e de florestas plantadas, passa agora a consolidar também seu protagonismo na energia solar.
Para Thiago Rezende, o investimento reforça o papel de MS na transição energética brasileira.
“Estamos falando de um incremento importante na matriz elétrica, com projetos robustos que contribuem diretamente para a aceleração da transição energética no país”, afirmou.
Durante o pico das obras, mais de 4 mil trabalhadores serão empregados. Todos os empreendimentos foram licenciados pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e destinaram mais de R$ 25 milhões para compensações ambientais, além de medidas de mitigação e preservação.
Com 4,3 GW em projetos em operação e construção, a Casa dos Ventos, empresa fundada em 2007 e, desde 2023, associada à multinacional TotalEnergies, detém o maior portfólio de projetos eólicos e solares do país e atua alinhada às metas de sustentabilidade e às diretrizes ESG (Environmental, Social and Governance).
Metas climáticas
A expansão da energia solar reforça o compromisso de Mato Grosso do Sul em se tornar carbono neutro até 2030, conforme lembra o secretário Jaime Verruck..
O Governo tem adotado políticas para ampliar o uso de energias renováveis em escolas, parques e prédios públicos, além de iniciativas premiadas internacionalmente, como o Ilumina Pantanal, que levou energia solar a 2.975 famílias em áreas isoladas.
Para Verruck, o avanço coloca o Estado em posição estratégica na transição energética nacional.
“A tendência é de que a energia solar continue crescendo, impulsionada pela necessidade de fontes mais limpas, econômicas e sustentáveis”, afirmou.
Com a entrada das três megausinas da Casa dos Ventos, Mato Grosso do Sul consolida sua vocação para a energia limpa, amplia sua competitividade e fortalece sua posição no mapa energético do país, preparando-se para receber novos investimentos em uma economia de baixo carbono.
As três usinas somam mais de 2,2 milhões de módulos solares distribuídos em áreas estratégicas:
- Usina Rio Brilhante (Campo Grande) – 1.105.920 módulos instalados em 1.100 hectares, com capacidade de 491 MW.
- Projeto Solar Seriemas (Paranaíba) – 889.200 módulos em 940 hectares, totalizando 400 MW.
- Projeto Solar Paraíso (Paraíso das Águas) – 1.252.800 módulos em 1.250 hectares, com potência instalada de 640 MW.
Matéria: Campo Grande News
