MS registrou 628 novos casos de HIV no ano passado

Mato Grosso do Sul registrou 628 novos casos de HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), em 2024. Destes, 321 tiveram diagnóstico de Aids e 157 morreram em decorrência da doença, segundo dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos e Notificação).

Atualmente, 10.936 pessoas vivendo com HIV em Mato Grosso do Sul estão em tratamento pela SES (Secretaria Estadual de Saúde). Já no Brasil, cerca de 700 mil pessoas estão em tratamento, segundo o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério a Saúde.

No ano passado, a secretaria distribuiu aos municípios, 2,3 milhões de preservativos externos, 40 mil preservativos internos e 120 mil testes rápidos para HIV. Além de 4 mil latas de fórmula infantil para crianças expostas ao vírus.

Também foi ampliado a testagem rápida em todas as unidades básicas de saúde e a oferta de profilaxias pré e pós-exposição.

“O governo por intermédio da SES tem investido não apenas em insumos, mas também em conscientização, acesso e dignidade para as pessoas vivendo com HIV. Com o arsenal terapêutico que temos hoje e as estratégias de prevenção combinada temos conseguido oferecer qualidade de vida às pessoas que vivem com o vírus”, pontuou a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Danielle Tebet.

Conforme o setor de Vigilância Epidemiológica da SES, ter o vírus HIV não significa ter Aids. A Aids é causada pelo vírus HIV, e é o estágio mais avançado da infecção, quando o sistema imunológico fica extremamente debilitado, deixando a pessoa vulnerável a doenças graves, como pneumonia e tuberculose.

É transmitido por relações sexuais sem proteção, transfusões de sangue contaminado, de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação, e pelo uso compartilhado de objetos perfurocortantes.

Se uma pessoa vivendo com a doença está em tratamento antirretroviral, o vírus torna-se indetectável. Conforme citado pela SES, estudos recentes mostram que a doença, ao ser indetectável, também se torna intransmissível.

Com isso, pessoas vivendo com HIV e com carga viral indetectável por pelo menos seis meses não transmitem o vírus por via sexual. O tratamento e o combate à doença são indispensáveis para enfrentar o desafio.

 

Matéria: Campo Grande News

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