O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) suspendeu as autorizações ambientais de queima controlada pelo prazo de 180 dias. A medida leva em conta os graves riscos ambientais com temperaturas acima dos 30ºC e umidade relativa do ar abaixo dos 30%.
A queima controlada é o uso do fogo como fator de produção e manejo em atividades agrícolas, sendo obrigatoriamente planejada com antecedência e mediante autorização dos órgãos competentes. A portaria suspensiva foi publicada hoje no Diário Oficial do Estado, assinada pelo diretor-presidente do Imasul, André Borges.
A suspensão, conforme portaria, leva em conta a possível perda do controle do fogo por conta das condições ambientais. Também foi embasado pela nota técnica emitida pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado de MS), que analisou os riscos de incêndio no trimestre de junho a agosto de 2024.
MS já enfrenta as consequências da estiagem prolongada. Somente este mês, o Estado registrou 496 focos de incêndio, 375 deles somente no Pantanal, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais). No mesmo período do ano passado, foram 113 focos, e apenas 29 no bioma.
Um dos focos que estão sendo combatidos pelas brigadas fica em frente à Escola Jatobazinho, localizada na região do Paraguai-Mirim, em Corumbá, a 425 km de Campo Grande.
Em maio, a ANA (Agência Nacional de Águas) decretou escassez hídrica na região da Bacia do Alto Paraguai, depois da identificação de índices mínimos dos níveis dos rios.
A Região Hidrográfica Paraguai ocupa 4,3% do território brasileiro, abrangendo parte de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, inclusive, o Pantanal, a maior área úmida contínua do planeta, e se estende por áreas da Bolívia e do Paraguai.
FONTE: CAMPO GRANDE NEWS