MS terá mais uma fábrica no setor de celulose com investimento de R$ 406 milhões

Foto: Verruck, acompanhado do superintendente de Indústria e Comércio Bruno Bastos; superintendente de Agricultura, Rogério Beretta; presidente da Nouryon, Antônio Carlos Francisco; e o controlador financeiro, Renê Kachan. (Foto: Divulgação/Semagro)

Com investimento de R$ 406 milhões, Mato Grosso do Sul vai receber mais um megaempreendimento no setor de celulose. A empresa Nouryon Pulp And Performance Indústria Química Ltda. vai instalar uma fábrica de produtos químicos, em Ribas do Rio Pardo, produzindo clorato de sódio e peróxido de hidrogênio.

O anúncio foi feito ontem (04) pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, durante o 54° Congresso de Celulose e Papel da ABTCP, em São Paulo.

“A implantação da Nutryon em Ribas do Rio Pardo é estratégica para MS, pois a planta poderá atender não só a Suzano, mas também outras fábricas de celulose no Estado ou fora dele. Isso vai tornar MS um player importante na fabricação de produtos químicos voltados à produção de celulose, adensando nossa indústria de base florestal”, afirmou Verruck.

A empresa recebeu incentivos por meio do Pro-Desenvolve e vai gerar 60 empregos diretos em 2024 e 72 empregos de 2025 em diante. A planta de peróxido de hidrogênio terá capacidade industrial de produção de 38 mil toneladas ao ano.

O empreendimento atenderá o “Projeto Cerrado”, fábrica de celulose da Suzano, no mesmo município. A área necessária para implantação da empresa será de 7,27 hectares com construção em 2,73 hectares.

Ainda de acordo com o titular da Semagro, futuramente, a indústria vai produzir hidrogênio verde, sendo apontado como a fonte de menor emissão potencial de carbono. O hidrogênio pode ser produzido através da eletrólise, utilizando a energia elétrica gerada no próprio processo produtivo de alguns tipos de indústria.

“O hidrogênio verde seria mais uma evolução dentro do projeto do MS obter a certificação de status de Carbono Neutro em 2030. Trata-se de um salto tecnológico que vai elevar a indústria estadual a um novo patamar de sustentabilidade”, acrescentou.

Para o governador Reinaldo Azambuja, o investimento é fruto da política de incentivos fiscais e, principalmente, da confiança conquistada por Mato Grosso do Sul.

“Desde 2015 implantamos a política de trocar impostos por empregos. Abrimos mão dos tributos e, além dos incentivos fiscais, que são importantes, existe uma confiança. O investidor não vem para um Estado se ele não tem segurança jurídica, se ele não confia nos termos assinados”, disse.

Produto 

Os produtos são inéditos em fabricação no portfólio industrial de Mato Grosso do Sul. O presidente da Nouryon, Antônio Francisco, explica que o produto ajuda a celulose a clarear.

“São produtos que promovem o branqueamento da celulose. Muitas pessoas não sabem, mas a celulose tem a cor marrom quando sai da fábrica”, explicou.

A fábrica vai usar a eletricidade renovável da nova fábrica de celulose da Suzano para produzir clorato de sódio.

“O clorato de sódio é um agente oxidante, usado para produzir dióxido de cloro para branqueamento da polpa de celulose. Ele é usado como um componente no processo de branqueamento, sendo uma etapa importante no processo de fabricação de celulose branqueada”, finalizou.

 

Fonte: Campo Grande News

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