Até 2070, Mato Grosso do Sul terá mais pessoas mortas do que novas chegando ao mundo. A pesquisa “Projeções da População” feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que, em 46 anos, nascerão 24.567 pessoas, sendo 12.583 homens e 11.984 mulheres; e vão morrer 38.404 19.298 homens e 19.106 mulheres. A idade média até lá será de 46,5 anos.
No Brasil, a idade média da população era de 28,3 anos em 2000, subiu para 35,5 anos em 2023 e deve chegar aos 48,4 anos em 2070.
Já a expectativa de vida do sul-mato-grossense aumentou quase dez pontos percentuais, saindo de 72,6% em 2000 e 74,5% em 2022 para 83,6% em 2070. Mesmo assim, o crescimento também é inferior à maioria dos estados brasileiros. MS supera apenas Roraima, que tem expetativa de 83,4 anos, mas em 2022 marcava esperança menor que a de Mato Grosso do Sul: 73,3.
Morte e vida
Se comparar com o ano de 2000, 43.730 nasceram (22.398 homens e 21.332 mulheres) e 11.638 morreram (7.103 homens e 4.535 mulheres). Em 2022 nasceram 40.649 (20.821 homens e 19.828 mulheres) e morreram 20.500 (11.881 homens e 8.619 mulheres).
Segundo o IBGE, “as regiões que apresentaram maior redução do número de nascimentos ao longo da última década foram o Norte e, principalmente, o Nordeste. De 2000 a 2023, o número de nascimentos no Nordeste recuou de 1,1 milhão para 705,6 mil. No mesmo período, no Norte, esse indicador recuou de 377 mil para 285 mil”.
A taxa de morte ficou em 5,4% em 2000; 7,2% em 2022 e a previsão de 2070 é de que fique em 12,4%. A taxa de mortalidade infantil sairá de 22,8% em 2000 e 12,3% em 2022 para 6% em 2070.
A probabilidade de morte em 2070, entre 0 e 5 anos, é de 0,7; entre 15 e 45 anos, 5,2%; e entre 60 e 80 anos, 24,5%.
O índice de envelhecimento também vai aumentar em 46 anos. Em 2000, o índice estava em 25,1% para quem tinha 60 anos; 16,9% para os de 65 anos; e 3,2% para 80 anos. Em 2022, 59,7%; 40,3% e 7,7%, respectivamente. Em 2070, a expectativa é de 265,2%; 213,8% e 74,1%, respectivamente.
No últimos 3 anos, a proporção de idosos (pessoas com 60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Em números absolutos, o total de idosos passou de 15,2 milhões para 33,0 milhões, no período de 2020 a 2023.
FONTE: CAMPO GRANDE NEWS
