A situação de violência seguida por pedido de socorro e invasão a uma maternidade de Campo Grande, na manhã desta terça-feira (03), terminou com a mulher negando ter sido agredida e não representando contra o suspeito. “Bom marido”, disse à polícia na Delegacia de Especializada de Atendimento à Mulehr (Deam).
O médico e 2º tenente da Polícia Militar (PM), Vitor Hugo Kussumoto, de 37 anos, havia feito um parto na Maternidade Cândido Mariano no domingo (01) e nesta manhã, ao visitar a paciente, se deparou com um casal brigando na rua.
Conforme ele, o homem, um comerciante de 24 anos, “estava muito agressivo” e jogou o capacete em direção à mulher. Ela, que aparentava estar com medo, correu pedindo socorro, entrou no hospital e o suspeito foi atrás.
Ao se deparar com a situação, o ginecologista-obstetra e também policial, foi atrás e conseguiu deter o suspeito logo na porta da unidade de saúde. Ele se identificou como policial, sacou a arma e rendeu o homem. Policiais penais que faziam escolta de uma presa algemaram o homem.
Sem flagrante
A Polícia Militar foi acionada e encaminhou o casal para a Deam, onde a mulher contou que o casal brigava por conta de um celular, disse que o marido jogou o capacete nela, porém não a acertou, que este foi o primeiro episódio violento e que ele é “um bom marido”.
A mulher não quis representar contra o marido. Nesse caso, foi registrado um boletim de ocorrência no contexto de violência doméstica e a Polícia Civil vai informar o caso ao Poder Judiciário. Nesse contexto, o comerciante só seria autuado em flagrante se a esposa fizesse representação contra ele.