Não entregou TCC, é comportado e recebe visita: saiba como é a vida do ‘Maníaco da Cruz’, no Instituto Penal há 9 anos

Foto: Dyonathan permanece no IPCG por tempo indeterminado. Foto: Midiamax/Arquivo - (Arquivo

Dyonathan Celestrino, de 29 anos, interditado logo após assassinatos que o deixaram conhecido como ‘Maníaco da Cruz’ e causaram uma série de imbróglios judiciais, sobre onde ele ficaria ou não, completa nove anos no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande). Neste período, fez faculdade e mantém bom comportamento, de acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

Conforme informado para reportagem, Dyonathan completa 9 anos em uma cela do IPCG, neste sábado (9). Estudante de Gestão Ambiental, cumpriu toda a carga horário do curso, porém, não entregou o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e nem realizou as atividades extracurriculares obrigatórias.

Ainda conforme a Agepen, possui bom comportamento e recebe visitas da mãe, uma pessoa que, aparentemente, nunca o abandonou e o visita regularmente. Por se tratar de uma pessoa interditada judicialmente, são limitadas as informações.

Antes do IPCG, Dyonathan permaneceu um tempo na Unei (Unidade Educacional de Internação), já que a apreensão ocorreu quando ele era adolescente. Depois, ficou um período na Santa Casa, até ser transferido para o IPCG. No total, está na cadeia há 13 anos.

Maníaco foi identificado após deixar mensagem no Orkut

Os crimes cometidos por ele ocorreram no município de Rio Brilhante, região sul do estado. As vítimas de Dyonathan foram Gleice Kelly da Silva, 13 anos, Letícia Neves de Oliveira, 22 anos, e Catalino Gardena, 33 anos. O serial killer foi identificado após a polícia encontrar uma mensagem no Orkut de Gleice, deixada pelo adolescente que usava o nome “Dog Hell 666”.

Foi solicitada quebra de sigilo telefônico e a polícia identificou que Dyonathan ligava para ela até mesmo após a morte. Em outubro de 2008, ele acabou apreendido em casa e foi internado na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã. Anos depois, em 2013, fugiu para o Paraguai, mas foi encontrado e preso.

Na época em que foi apreendido, Dyonathan disse que matou as vítimas porque elas não seguiam os preceitos de Deus. Isso porque, segundo ele, Catalino era alcoólatra e homossexual, Letícia era travesti e Gleice seria usuária de drogas.

Foi determinada interdição de Dyonathan e a medida de segurança o mantém internado no IPCG, na ala de saúde. Foi apontado que ele era inapto a voltar ao convívio social. Recentemente, Dyonathan foi condenado por ameaçar um agente.

Ameaça

Conforme a denúncia, em 20 de setembro de 2015, Dyonathan começou a jogar a marmita e outros objetos contra os internos do IPCG, chamando atenção dos agentes penitenciários. Como fica em uma cela separada, ele tem um solário ‘particular’.

Após a atitude de jogar os objetos contra outros presos, o rapaz foi colocado na cela por um agente e estava totalmente alterado. O agente acabou ferido com golpes de um cabo de vassoura quebrado. Ele foi denunciado por ameaça e condenado a cumprir 15 dias em regime aberto, mas a defesa recorreu da sentença.

Em setembro deste de 2021, a turma da 2ª Câmara Criminal determinou o cumprimento da sentença, negando provimento ao recurso. A decisão transitou em julgado em 27 de outubro.

 

Fonte: Jornal Midiamax

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