Número de empresas do setor de serviços cresceu 43,3% nos últimos dez anos em Mato Grosso do Sul

Em 2021, 19.810 empresas integravam o setor de serviços em Mato Grosso do Sul, quase 6 mil a mais do que o número de empresas do mesmo setor há dez anos, em 2012, quando 13.820 empresas estavam ativas no Estado. Os números representam um crescimento de 43,34% no setor.

A atividade com o maior número de empresas em 2021 foi Serviços profissionais, administrativos e complementares (6.880), seguido pelos Serviços prestados às famílias (4.806) e Transportes, Serviços auxiliares aos transportes e correio (2.765).

A Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (31), destacou ainda o crescimento do setor nos anos de 2019 e 2020.

Em 2019, no período que antecedeu a pandemia da Covid-19, haviam 17.267 empresas ativas do setor de serviços em Mato Grosso do Sul. No ano seguinte, 2020, que ficou marcado pelo início da pandemia da Covid-19 em todo o País, foram registradas 19.034 empresas, o que representou um aumento de 14,72%.

Receita bruta de serviços cresceu 135,8% em uma década

Ainda segundo a pesquisa, o setor de serviços não financeiros de Mato Grosso do Sul tinha, em 2020, receita bruta de R$ 22,31 bilhões. Para 2021, o aumento registrado foi de 29,3%, chegando a 28,85 bilhões. Se comparado a 2019, o aumento é de 36,69%.

Em 2012, tal receita era de R$ 12,26 bilhões, representando um aumento de 135,8% em uma década.

A atividade com maior participação em receitas foi Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (R$ 12,69 bilhões), responsável por 44,0% das receitas. Dentro deste, o setor de Transporte rodoviário ganha destaque, com R$ 8,63 bilhões de receita.

Nas demais atividades, os Serviços de informação e comunicação foram responsáveis por R$ 5,85 bilhões, seguido pelos Serviços profissionais, administrativos e complementares, R$ 4,88 bi, Serviços prestados às famílias, com R$ 2,97 bi, Outras atividades de serviços, com R$ 1,56 bi e Serviços de manutenção e reparação, com R$ 339,9 milhões.

São Paulo ainda é a Unidade da Federação com maior receita (R$ 1,05 trilhões), sendo responsável por 44,4% do montante nacional (R$ 2,37 trilhão). Mato Grosso do Sul registrou a 14ª maior contribuição (1,2%) para o número nacional. A menor contribuição veio do Amapá, com R$ 1,73 bilhão de receita bruta.

Gastos com salários aumentaram 117,6% nos últimos dez anos, mas salário médio caiu no mesmo período.

Em Mato Grosso do Sul, os gastos com salários, retiradas e outras remunerações aumentaram 117,6% nos últimos dez anos, passando de R$ 1,64 bilhão em 2012, para R$ 3,56 bilhões em 2021. Na comparação com 2020 (R$ 3,08 bilhões), houve aumento de 15,7 %. Na comparação com 2019 (R$ 3,13 bi), anterior à pandemia, houve aumento de 13,8%.

Dentre os setores, dois segmentos se destacaram na concentração dos valores destinados a esta variável: Serviços profissionais, administrativos e complementares, com R$ 1,27 bilhões, e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com R$ 946 milhões. Neste último, destaque para o segmento do Transporte rodoviário, que concentrou sozinho R$ 687 milhões dos gastos com salários, retiradas e outras remunerações.

O salário médio mensal nas empresas prestadoras de serviços caiu de 1,7 salário mínimo (s.m.), em 2012, para 1,6 s.m. em 2021. A redução se deu em quase todos os segmentos, com exceção de Outras atividades de Serviços (de 1,5 s.m. em 2012 para 2,2 s.m. em 2021). O setor de Serviços de informação e comunicação mostrou a maior queda, com redução de 2,4 s.m. para 2,0 s.m., entre 2012 e 2021.

Serviços profissionais, administrativos e complementares concentraram 34,7% do pessoal ocupado, em
2021

Em 2021, havia 153.654 pessoas ocupadas no setor de serviços de MS. Em 2020, eram 136.876, representando uma recuperação de 12,25% passado o ano pandêmico, pois na passagem do ano de 2019 para 2020 houve queda de 2,80%. Dez anos antes (2012), esse número era de 116.171, configurando um aumento de 32,26%.

Os Serviços profissionais, administrativos e complementares continuaram concentrando a maior parcela do pessoal ocupado. Em 2021, 34,77% das pessoas ocupadas eram desse segmento. Os Serviços prestados às famílias ocuparam a segunda colocação, com 21,04% e, em terceiro lugar, Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio representaram 18,86% do pessoal ocupado.

Dentro do setor de Serviços prestados às famílias, o subgrupo de Serviços de alojamento e alimentação apresentou o maior número de pessoas ocupadas, com 70,48%, seguido por Serviços pessoais (12,41%), Atividades de ensino continuado (11,18%) e Atividades culturais, recreativas e esportivas (5,91%). Outro setor que possui subgrupo, o de Transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio, obteve a maior participação vinda do Transporte rodoviário (74,77%), acompanhado pelo Armazenamento e serviços auxiliares aos transportes (15,09%), Correio e outras atividades de entrega (8,00%) e Outros transportes (2,12%).

PAS

A Pesquisa Anual de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje, 31 de agosto, a que retrata as características estruturais do segmento empresarial da atividade de prestação de serviços não financeiros no país. Os dados desta pesquisa são importantes na análise e planejamento econômico, tanto de empresas do setor privado quanto nos diferentes níveis de governo. O setor de serviços possui como característica um alto nível de heterogeneidade, com segmentos mais tradicionais, como é o caso dos serviços prestados principalmente às famílias, até atividades de alta intensidade tecnológica, a exemplo dos serviços de informação e comunicação.
Atualmente, as atividades de serviços respondem pela maior parte do Produto Interno Bruto – PIB do país. Seguem alguns dos principais resultados da Pesquisa para Mato Grosso do Sul.

 

Fonte: Correio do Estado 

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