Na noite deste sábado (20), a equipe plantonista da Vigilância Sanitária de São Gabriel do Oeste, após inúmeras denúncias anônimas relatando sobre aglomerações nas fazendas situadas na região da rodovia Estadual MS-080, saída para Rio Negro, montou uma operação conjunta com a Polícia Civil e a Polícia Militar.
Ao seguir para o local, os agentes se depararam com vários veículos seguindo em direção oposta, provavelmente alertados da chegada das autoridades. Na primeira fazenda denunciada, não foi encontrada movimentação.
Já em outra propriedade, nas proximidades da região Pedreira, vários jovens foram flagrados chegando ao local, com o veículo carregado de bebidas alcoólicas. Indagados sobre a situação, eles confessaram que estavam seguindo para uma festa.
Os policiais e os agentes de saúde seguiram para a propriedade indicada e surpreenderam dezenas de indivíduos consumindo bebidas alcoólicas e fumando narguilé em roda, sem às devidas ações necessárias de proteção contra a contaminação, proliferação do vírus COVID 19 e suas variantes.
Segundo investigações, os participantes se organizaram através de grupos de WhatsApp, e chegaram à debochar da fiscalização, afirmando que não seriam encontrados.
Diante dos fatos, o organizador e proprietário da fazenda, foi encaminhado à Delegacia de Polícia e assinou um Termo de Compromisso e liberado. Os demais participantes foram qualificados e verbalmente compromissados a comparecerem quando intimados à DP ou ao Fórum da Comarca de São Gabriel do Oeste para prestarem esclarecimentos sobre os fatos.
Todos os participantes da festa manifestaram à ciência da gravidade do fato e das implicações penais, cíveis e administrativas em relação ao desrespeito aos Decretos Nacionais, Estaduais e Municipal.
É importante destacar que o Hospital Municipal não tem leitos disponíveis para internação pela doença, inclusive, com pacientes em estado grave aguardando vagas em UTI’s na Capital. A secretária de Saúde de São Gabriel do Oeste, Fraciane Basso, disse também neste sábado, que a cidade não possui mais nenhum “kit intubação”, que são medicamentos insubstituíveis usados para intubar pacientes graves da Covid-19 e outras patologias.
O Estado chegou ao momento mais crítico durante a pandemia, com superlotação em todos os hospitais de Mato Grosso do Sul.