Em operação da PF, vereador de MS é afastado do cargo por suspeita de corrupção e estelionato

O vereador da cidade de Ponta Porã (MS), Rafael Modesto (PSDB), foi alvo da operação Bárbaros, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (7) e afastado de suas funções por 180 dias. A medida é resultado de investigações contra crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato.

A PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão na Câmara de Vereadores da cidade, bem como nas residências dos alvos da operação. De acordo com a investigação, além do vereador, assessores parlamentares e um ex-vereador também são alvos. O nome dos envolvidos não foi informado.

Por determinação da Polícia Federal, Rafael Modesto foi afastado do mandato de vereador por 180 dias. Também ficou determinada a proibição de contato e aproximação de um dos investigados com os servidores da Superintendência do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul.

Polícia Federal deflagrou operação em Ponta Porã — Foto: Polícia Federal/ Divulgação
Polícia Federal deflagrou operação em Ponta Porã — Foto: Polícia Federal/ Divulgação

As investigações tiveram início logo após fiscalização promovida pela Superintendência do Patrimônio da União, na qual foram constatadas ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União na cidade de Ponta Porã.

Procurado pela reportagem, a Câmara de Vereadores de Ponta Porã informou que a ação não atrapalhou a agenda prevista para esta terça. “A Polícia Federal está na Casa e a Câmara colabora com os trabalhos dos policiais. Os trabalhos parlamentares seguem dentro da normalidade, inclusive, está tendo sessão ordinária neste momento”, informou.

Questionados sobre o afastamento do vereador, a assessoria disse que um posicionamento deve ser concluído e divulgado após o fim da sessão.

Operação

A operação Bárbaros contou com quarenta Policiais Federais, das delegacias de Ponta Porã, Dourados e Campo Grande, além da participação de integrantes do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul.

Documentos apreendidos durante o cumprimento dos mandados  — Foto: Polícia Federal/ Divulgação
Documentos apreendidos durante o cumprimento dos mandados — Foto: Polícia Federal/ Divulgação

O nome da operação remonta à época do Império Romano em que os povos bárbaros não falavam o idioma grego e nem compartilhavam da mesma cultura e modo de organização da sociedade grega.

Habitavam o norte da Europa, em região conhecida como Germânia. A partir do século III d.C., começaram a migrar e invadir as terras do Império Romano do Ocidente. A PF vai divulgar o balanço da operação ainda nesta terça-feira.

Fonte: G1 MS

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