Pantanal: frio e chuva amenizam fogo, mas chamas ainda não foram extintas, diz Corpo de Bombeiros

Na última semana, Mato Grosso do Sul, mais especificamente Corumbá, cidade mais atingida pelos focos de incêndio no Pantanal, registrou uma onda de frio e algumas chuvas, o que ajudou no combate das chamas que devastam o bioma. Mas é importante alertar que o fogo ainda não foi extinto, como explica o Corpo de Bombeiros.

“Nesse momento recebemos essa massa de ar mais úmida e fria aqui em Corumbá, então o fogo tende a diminuir um pouco na sua intensidade, e isso gera um pouco mais de frutos na parte do campo, na parte do combate, no entanto o fogo não foi extinto”, de acordo com o Capitão do Corpo de Bombeiros, Gabriel Lopes, a mudança do tempo auxiliou o trabalho dos brigadistas no combate do fogo.

Em 2024, a área queimada no bioma já chegou a 764,8 mil hectares, sendo 594,4 mil hectares em Mato Grosso do Sul e 170,2 mil, em Mato Grosso. O mês de junho concentrou 53,3% dos incêndios dos últimos sete meses.

De acordo com o PrevFogo, os incêndios só podem ser considerados extintos após as temperaturas voltarem a subir.

“A gente só pode declarar fogo extinto após voltar às temperaturas, depois de 10 dias de sol, e se os focos de calor não retornarem nesse período, aí podemos declarar fogo extinto. Por enquanto, estamos na vigilância, monitoramento e combate dos focos que têm ressurgido nas áreas que a gente está atuando. A situação hoje é essa, está muito mais tranquila do que nos meses de junho”, esclareceu o coordenador do PrevFogo, Márcio Yule.

Fogo contra fogo: técnica usada para impedir incêndio no Pantanal. — Foto: Araquém Alcântara
Fogo contra fogo: técnica usada para impedir incêndio no Pantanal. — Foto: Araquém Alcântara

A maior preocupação enfrentada pelos 48 brigadistas em ação no momento é o fogo subterrâneo ou fogo de turfa – um dos incêndios florestais mais complexos na hora do combate, por atingir profundas camadas de matéria orgânica.

“Estamos fazendo o combate, vigilância e monitoramento e nos atentando a quantidade de calor subterrâneo. Onde há uma falsa ideia que o fogo acabou, né? Pode haver a ressurgência, que a gente chama de regressão, em algumas dessas áreas”, avalia o Capitão do Corpo de Bombeiros, Gabriel Lopes.

Fonte: G1 MS

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