PF deflagra operação contra quadrilha que enviava armas pelos Correios e cumpre mandados em MS

Foto: Cumprido mandado na cidade de Paranhos (Divulgação PF)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) a operação Gun Express para desarticular grupo especializado na prática do crime de tráfico internacional de armas de fogo, acessórios e munições. São cumpridos mandados em nove estados brasileiros, entre eles Mato Grosso do Sul, na cidade Paranhos

São 62 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva, que são cumpridos no Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. As investigações começaram em 2018, quando a PF identificou que armas de fogo estariam sendo remetidas pelos Correios, escondidas dentro de equipamentos de treino para artes marciais, como aparadores de chute, luvas e caneleiras.

A quadrilha que atuava nos estados do Paraná, Bahia e Rio Grande do Norte em associação na importação, guarda, remessa e transporte de armas de fogo, acessórios e munições, que teriam como destino diversos outros estados do país, com destaque para Bahia e Rio Grande do Norte. Foram apreendidos armamentos e acessórios escondidos em tanques de combustíveis de veículos, usados durante o transporte para alguns dos estados do nordeste.

Desde 2016, a quadrilha já teria enviado mais de 300 armas de fogo, investindo cerca de dois milhões de reais na compra do armamento. Parte do pagamento das armas era feito por intermédio de empresas de fachada controladas por suspeitos da Bahia e do Rio Grande do Norte para dar aparência lícita aos repasses financeiros feitos pelo sistema de transferências bancárias.

Segundo o midiamax, estão sendo executados 27 bloqueios judiciais de contas bancárias e aplicações financeiras, bem como sequestro e arresto de bens de 26 pessoas físicas e 1 pessoa jurídica, além da constrição judicial de 10 veículos em nome de terceiros.

Foram decretadas ainda 6 medidas cautelares diversas da prisão para outras pessoas envolvidas na investigação. Deverão ser indiciadas 28 pessoas pela prática do crime de tráfico internacional de armas de fogo, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

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