Um detento de presídio em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, que lidera uma quadrilha de Roraima, está na mira da Operação Tabuleiro, deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta quarta-feira (20). Contra o tráfico de drogas e outros crimes da quadrilha, os policiais cumprem 82 mandados, sendo 47 de prisão preventiva e 35 de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e mais três estados brasileiros.
Conforme a PF, as investigações que levaram a ação de hoje tiveram início logo após a operação Presente de Grego, no dia 31 de agosto de 2021, em Roraima. Na época, algumas lideranças e integrantes de postos estratégicos da quadrilha foram identificados e alguns presos.
Após, houve fim da força-tarefa de Intervenção Penitenciária no estado e com isso as apurações evidenciaram que a organização pretendia, novamente, se reestruturar. A expectativa era de conseguirem “retomar” o controle da maior unidade prisional de Roraima (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo).
Isso porque, o inquérito policial aponta o descontentamento de lideranças nacionais do grupo com o que seria um “baixo rendimento” das ações criminosas no estado, prejudicadas com a ação policial na região.
Os suspeitos em Roraima foram incentivados a matar mais pessoas e vender mais drogas para comprar mais armas, sendo lembrados, inclusive, que nos anos de 2017 e 2018 eram cometidos até mais de três homicídios por semana e que, atualmente, nada ocorria.
Apenas nos últimos três anos mais de 200 “colaboradores” da facção criminosa foram presos no estado pela Polícia Federal e pela força-tarefa de Segurança Pública, coordenada pela PF e integrada pelas polícias Civil, Militar e Penal de Roraima.
Foi apurado que o grupo em Roraima estaria sendo coordenado por homens em outros estados, em especial pelo preso em Campo Grande.
Operação Tabuleiro – Mais de 200 policiais federais cumprem 82 mandados, sendo 47 mandados de prisão preventiva e 35 busca e apreensão, expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas do Estado de Roraima para serem cumpridos naquele estado, em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
As investigações da Polícia Federal contaram com o apoio da Promotoria de Justiça Especializada em Crimes de Tráfico de Drogas e Organização Criminosa do Ministério Público Estadual de Roraima.
– CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS