Durante a retirada dos petrechos, aproximadamente 15 kg de peixes que estavam vivos presos aos materiais foram devolvidos aos rios
A área de divisa com o estado de Mato Grosso tem sido preocupante, antes do fechamento da pesca e também durante a operação piracema, pois pescadores calculam que estão protegidos, por causa da grande distância e o difícil acesso de alguns locais. Como existem rios piscosos, como o Piquiri, Correntes, São Lourenço e afluentes e conhecidos, equipes de Policiais Militares Ambientais de Coxim têm sido revezadas na região, porém, equipes de outras Subunidades no Estado também trabalharão no local.
Uma equipe de Coxim que está há quatro dias em fiscalização na região apreendeu 18 cordas de espinheis com 30 anzóis grandes cada uma (540 anzóis), medindo 900 metros e 132 anzóis de galho (petrechos proibidos). Durante a retirada dos petrechos, aproximadamente 15 kg de peixes que estavam vivos presos aos materiais foram devolvidos aos rios. Apesar da quantidade de petrechos armados, a equipe não tem encontrado pescadores nos rios, mesmo em fiscalizações noturnas, que é o horário que escolhem para armar e para retirar peixes capturados, pela proteção da escuridão e a facilidade de fuga.
Se identificados, os responsáveis responderão por crime ambiental de pesca predatória. A pena para este crime é de um a três anos de detenção. Há também previsão de multa administrativa de R$ 700,00 a R$ 100.000,00.
Equipes continuarão se revezando em fiscalização preventiva, fundamental para evitar a depredação dos cardumes, especialmente com uso desses tipos de petrechos ilegais que possuem alto poder de captura, neste período crítico de piracema. Esse trabalho é importante, mesmo que em algumas vezes os infratores consigam fugir, pois em princípio, inibem que alguns vão pescar no período de defeso, e também, para retirar petrechos ilegais que são verdadeiras armadilhas de depredação dos cardumes.
*Com informações PMAMS
Fonte: Edição MS