Polícia Civil indicia homem de 60 anos por Lavagem de Dinheiro

A Polícia Civil, por meio do DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), indiciou na última quinta-feira (29/07), F.F.V, de 60 anos pelo crime de lavagem de dinheiro, com pena que pode chegar há 10 anos de reclusão. Condenado há mais de 20 anos de prisão por diversos crimes, o criminoso vinha sendo investigado desde a sua prisão em flagrante, acontecida em 2003, pela Polícia Federal, por tráfico de drogas.

De acordo com a diretora do DRACCO, Delegada Ana Cláudia Medina, com o suporte qualificado do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro, investigadores do DRACCO apuraram apuraram que num intervalo de 13 anos, o condenado e outras pessoas físicas e jurídicas a ele ligadas, movimentaram o montante de R$ 53.448.591,51, adquirindo imóveis e automóveis de luxo, com a utilização de “laranjas”, empresas de fachadas e operações financeiras simuladas, com o objetivo de dissimular o enriquecimento ilícito proveniente do tráfico de entorpecentes.

Ainda foi constatado, que outras 14 pessoas físicas e cinco empresas serviam ao processo de branqueamento de ativos da organização criminosa desarticulada. “Nos chamou a atenção a artimanha do preso, agora indiciado, que não poupou nem a própria filha menor de idade, tendo registrado em seu nome um veículo de alto padrão e valor, uma Land Rover/Evoque”, contou Medina.

Considerado perigoso, F.F.V. ostenta, ao menos, três fugas do sistema prisional em sua ficha, inclusive do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima. A polícia ainda suspeita de que o condenado seja associado ao líder de uma organização criminosa conhecido por Pepito, responsável por um laboratório de refino de cocaína, no estado de Mato Grosso.

Outros crimes

Desde 2003, quando foi preso em flagrante pela Polícia Federal pelo crime de tráfico de drogas, o idoso vem experimentando as consequências legais de sua carreira criminosa. Na ocasião, drogas, armas, dinheiro e escrituras imobiliárias foram apreendidas.

Paralelamente à prisão em flagrante, F.F.V. seguiu sendo investigado por outros fatos criminosos, dentre eles o homicídio do Delegado, Robinson Benedito Maia, ocorrido em 1996 em Campo Grande, por organização criminosa, através de faccionados que agem dentro e fora dos presídios, por lavagem de dinheiro e outros crimes graves.

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