Durante operação realizada nesta terça-feira (20) pela Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, cidade distante 320 quilômetros de Campo Grande, foram encontrados fuzis e munições de grosso calibre. As armas estavam em uma casa localizada o bairro General Diaz.
O arsenal de guerra estava em uma residência que pertenceu a Sergio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, líder do PCC (Primeiro Comando da Capital). O imóvel fica localizado na região central da cidade. A polícia já sabe quem seria o responsável pelas armas e munições, mas ainda não revelou o nome.
Segundo informações do comissário Richard Vera, do GEO (Grupo de Operações Especiais), o local já estava sob investigações da polícia paraguaia que acreditava tratar-se de um entreposto de drogas.
Ar armas encontradas são dois fuzis 7.62, projéteis calibre 5.56, mais de 100 projéteis 7.62 e um revólver. No local, a polícia também apreendeu três notebooks, dois CFTV DVRs e diversos documentos que foram encontrados durante a operação realizada na casa localizada na rua Natalicio Talavera na esquina de Juana de Lara.
Ficha criminal
As denúncias que culminaram com a condenação de Minotauro e agregados, incluindo as alegações finais do Ministério Público Federal brasileiro, totalizam 263 páginas. Logo nas primeiras páginas é ressaltada a ficha criminal de Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, de 37 anos, com registros desde que tinha 20 anos e ligações com integrantes de organizações criminosas, de armamentos e de tráfico de drogas.
“Consta dos autos a existência de uma organização criminosa comandada por Sérgio de Arruda, atuando não somente na traficância de drogas, como na lavagem de dinheiro, que se associou criminosamente com várias pessoas, as quais funcionavam como traficantes no varejo”, diz um trecho da alegação analisada pela reportagem do Midiamax.
Entre as conexões interceptadas pela Polícia Federal durante o processo de investigação das práticas criminosas do grupo comandado por Minotauro, estão diversas conversas envolvendo Maria Alciris e também alguns policiais, no mesmo modo das abordagens utilizadas no caso que envolveu o arquivamento do processo pelos promotores paraguaios. Alguns deles, inclusive, com envolvimento direto na organização.
Fonte: Jornal Midiamax