Prefeitura de MS suspende aulas em escolas indígenas após ameaça em redes sociais

A secretaria de Educação de Amambai (MS), a 359 km de Campo Grande, suspendeu nesta quinta-feira (28) as aulas de quatro escolas indígenas de aldeias do município foram suspensas após os moradores da aldeia terem sido ameaçados de morte.

Nas mensagens do suposto atentando, os suspeitos disseram que pelo menos 10 indígenas seriam mortos.

O aviso chegou a duas diretoras de escolas municipais e a uma coordenada de uma escola estadual da aldeia. Elas registram um boletim de ocorrência na Polícia Civil do município por ameaça.

No depoimento à policia, as profissionais de educação relataram que as ameaças foram recebidas através de um aplicativo de mensagem.

A secretaria municipal de Educação informou para a reportagem que procurou o Ministério Público Federal (MPF), e foi orientada a suspender as aulas até a próxima semana.

Segundo boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil pelas direções das escolas, a suspeita é que essas ameaças estejam ligadas a disputas provocadas pela eleição de novas lideranças nas comunidades. Essa eleição ocorre neste fim de semana.

A reportagem acionou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS), que comunicou que o caso deve ser investigado pela Polícia Civil (PC) da cidade, a qual está acompanhando a denúncia das ameaças.

Conflito e morte

Há pouco mais de um mês, em 24 de junho, ocorreu um conflito entre indígenas da etnia Kaiowá e policiais militares em Amambai. O confronto ocorreu durante a ocupação de uma área próxima a aldeia Amambai, que é reivindicada como terra ancestral pela comunidade.

Os indígenas alegaram que faziam uma retomada e os policiais militares disseram que foram acionados para coibir uma invasão. O confronto deixou 10 feridos (três policiais e sete indígenas) e um morto, o indígena Vitor Fernandes, de 42 anos.

Mortes foram confirmadas pela ABIP.  — Foto: Redes sociais/Reprodução

Mortes foram confirmadas pela ABIP. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Fonte: G1 MS

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