Valor muito acima do mercado gerou desconfiança da PRF de que poderia estar ocorrendo uma fraude por parte das empresas
Numa tentativa de compra de máscaras de TNT, em um procedimento licitatório para a aquisição de materiais de higienização e prevenção a viroses, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recusou a compra de equipamentos que estavam muito acima do valor de mercado.
Com a suspeita de pudesse estar ocorrendo alguma fraude por parte das empresas que participavam do certame, a PRF informou à Polícia Federal, através de Ofício, para providências.
Através da informação da PRF, a Polícia Federal desencadeou uma operação, denominada TNT, que executou Mandados de Busca e Apreensão expedidos pela Justiça Federal.
Com essa constatação realizada a partir da observação de servidores da PRF, reiteramos nosso compromisso com a boa gestão dos recursos públicos oriundos do contribuinte, principalmente no momento de tanta escassez de recursos e dificuldades frente a pandemia.
Segue nota da Polícia Federal:
“Na data de hoje foram cumpridos cinco Mandados de Busca e Apreensão com o intuito de apurar suposta fraude em licitação e possível crime contra a economia popular em cotação eletrônica efetuado pela Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul, que percebendo os preços muito acima do mercado oferecidos pelas empresas participantes do certame, informou à Polícia Federal que realiza as investigações.
O pregão é destinado à aquisição de materiais de higienização e prevenção à COVID-19, sendo que as empresas que se habilitaram são de SP, MG, e RJ.
A PRF pretendia adquirir 100.000 unidades de máscaras cirúrgicas com características específicas. Porém, com o resultado da classificação dos fornecedores, cinco empresas apresentaram preços aparentemente abusivos se comparados com o valor de referência. Máscaras que eram comercializadas por R$ 0,12 centavos a unidade, foram oferecidas por até R$ 20,00 a unidade.
A operação, denominada TNT em referência ao tipo das máscaras, contou com a participação de cerca de vinte policiais e os mandados foram expedidos pela 3º Vara Federal de Campo Grande/MS, através de Inquérito Policial instaurado pela SR/PF/MS.”
Trecho do ofício da PRF enviado à PF. – Foto: Reprodução
Fonte: Agência PRF/Sistema de Comunicação Social