Primeira medalha do Brasil no Paralímpico é de Yeltsin Jacques nos 5.000m

O sul-mato-grossense Yeltsin Jacques abriu com brilho a participação brasileira no Mundial Paralímpico de Atletismo, em Nova Déli, na Índia. Campeão paralímpico, o atleta garantiu neste sábado (27) a primeira medalha do Brasil na competição: prata nos 5.000 metros da classe T11, voltada a corredores cegos, com o tempo de 15min29s73.

A prova foi marcada por emoção do início ao fim. O paulista Júlio César Agripino, campeão dos Jogos de Paris 2024, comandou o ritmo até pouco mais da metade do percurso, mas precisou abandonar por mal-estar. Yeltsin manteve a concentração e arrancou no momento decisivo para cruzar a linha de chegada em segundo lugar, atrás apenas do japonês Kenya Karasawa, que ficou com o ouro. O russo Fedor Rudakov completou o pódio.

Reconhecido como um dos maiores nomes do paradesporto brasileiro, Yeltsin Jacques já havia escrito seu nome na história ao conquistar duas medalhas de ouro nos Jogos de Tóquio 2020, nos 5.000 metros e nos 1.500 metros T11, este com recorde mundial. Em Paris 2024 repetiu o feito nos 1.500 metros T11, novamente com recorde mundial, e ainda garantiu o bronze nos 5.000 metros. A prata conquistada agora reforça sua trajetória de superação e coloca novamente Mato Grosso do Sul em evidência no cenário mundial do paradesporto.

Menos de uma hora depois, o paranaense Vinicius Augusto Cabral também brilhou ao conquistar a segunda prata brasileira do dia nos 100 metros da classe T71 (modalidade petra), com o tempo de 22s43. O polonês Artur Krzyzek levou o ouro e o grego Ioannis Avramidis ficou com o bronze.

Além de Yeltsin, a delegação brasileira conta com outros dois sul-mato-grossenses atuando como atletas-guia: Maurinaldo dos Santos e Edelson de Ávila Almeida. A competição segue até 5 de outubro e reúne 50 atletas e 10 guias brasileiros.

 

Matéria: Campo Grande News

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