‘Procure o hospital somente em caso de extrema necessidade’ pede presidente da FUNSAÚDE de São Gabriel

Não há vagas em UTIs da rede pública e privada para transferência de pacientes

Sem vagas nas Unidades de Terapia (UTIs) para atendimento de casos de Covid-19 na rede pública ou privada do Estado, o Hospital Municipal de São Gabriel do Oeste solicita que a população só procure atendimento em casos de urgência ou emergência. Com os leitos destinados para tratamento de Covid todos ocupados, o Hospital já acumula quatro pacientes em estado grave, aguardando tranferência para uma UTI na Capital.

Segundo da Secretaria de Estado de Saúde, Mato Grosso do Sul está com mais de 104% de ocupação do leitos de UTI. É a situação mais grave registrada em todo o País. Em São Gabriel do Oeste, quatro pacientes estão internados na ala de isolamento – dois entubados e outros dois sendo entubados para estabilização – e aguardam por uma vaga na UTI.

“Estamos vivendo o colapso da saúde e essa realidade já atinge do Estado. Diante disso, tivemos de realocar um médico do Pronto Socorro para atendimento exclusivo na ala de isolamento. Os profissionais da saúde estão fazendo o possível para realizar os atendimentos, mas a demanda continua muito alta. Pedimos encarecidamente que a população só procure o Hospital Municipal em casos de extrema necessidade, ou seja, casos de urgência ou emergência”, orienta a Presidente da FUNSAÚDE, Dulce Munhoz Val.

O pedido tem por base o elevado número de atendimento a pacientes com confirmação de Covid e pela gravidade dos casos em atendimento. Um médico segue atendendo no Pronto Socorro, enquanto a Saúde tenta contratação de novos profissionais.

Em casos de sintomas leves, a orientação é procurar atendimento médico nas unidades de saúde. A direção do Hospital também pede paciência e compreensão dos usuários pela alta demanda que está recebendo em todas as áreas de pronto socorro e isolamento.

Levantamento
Os estados em situação mais grave são Mato Grosso do Sul, com 110% de ocupação, e Mato Grosso, com 107,28%. Já Rondônia e Rio Grande do Sul informaram estar exatamente com 100% das vagas em uso, segundo levantamento da Agência CNN junto às secretarias de Saúde estaduais e publicado nesta sexta-feira (19).

Especialistas ouvidos pela Agência explicam que níveis de ocupação acima de 90% já configuram colapso porque não há mais margem para rotatividade dos pacientes nos leitos.

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