O professor de Letras preso nessa quinta-feira (20), em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, por equipes do Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), foi descoberto após passar a ostentar dinheiro que recebia do tráfico em noitadas em bares da cidade.
Segundo o delegado Rodolfo Daltro, as investigações apontaram que o professor estava servindo de ‘guarda-roupa’ do tráfico há pelo menos 4 meses. A droga vinha de Pedro Juan Caballero, e seria de um grande traficante paraguaio. Já no Brasil, a cocaína era distribuída para outros estados do país.
“Ele (professor) chegava a gastar em bares da cidade mais de R$ 1 mil, o que chamou a atenção, além do fato de ele falar que era amigo de patrões do tráfico”, disse o delegado. Ainda segundo informações, antes de ser preso, o professor já havia despachado no dia anterior cerca de 50 quilos da droga. Não se sabe ainda o destino da cocaína.
Quando preso, o professor disse que ganhava R$ 10 mil por semana para guardar a cocaína, mas foi apurado que o valor era bem maior, R$ 30 mil mensais. A casa onde estava armazenada a pasta base de cocaína era da mãe do professor que estava na Espanha há cerca de seis meses, e ele usava o local para esconder a droga.
Os 104 quilos de cocaína foram avaliados em mais de R$ 2 milhões. Nos tabletes da droga apreendidos ainda foram colocadas folhas de coca, como ‘marca’. Conforme a polícia, o professor formado em Letras responderá por tráfico de drogas e foi encaminhado para a Defron, onde o entorpecente foi pesado.
Créditos: MidiaMax