Até então, o recorde da instituição havia acontecido no dia 26 de abril, quando foi apreendido um carregamento de 8,6 toneladas, que estavam escondidas no meio de um carregamento de sucata, próximo a Ponta Porã.
Ao contrário do que normalmente acontece, quando as drogas estão escondidas no meio de algum outro produto, até para que o caminhoneiro possa apresentar nota fiscal à fiscalização, a apreensão de hoje, conforme mostram imagens divulgados pela assessoria da PRF, os fardos de maconha estavam num caminhão baú sem qualquer tipo de disfarce.
O veículo foi interceptado na BR-267 e o motorista, que teria apresentado nervosismo ao ser abordado, disse que pegou a droga em Dourados e que levaria até São Paulo. Pelo serviço, receberia R$ 30 mil.
Porém, a informação de que pegou a carga em Dourados deve ser investigada, pois se admitisse que veio do Paraguai, seria enquadrado por tráfico internacional de entorpecentes, o que poderia lhe render pena mais severa do que tráfico interestadual.
Com mais esta grande apreensão, chega perto 50 toneladas o volume de maconha apreendido pela PRF neste ano, o que se assemelha às apreensões dos primeiros meses do ano passado.
Porém, os números mostram que as interceptações de maconha estão em queda no Estado. Em 2020, por exemplo, a instituição reteve 390 toneladas d. No ano seguinte, o volume caiu 35% e ficou em 240 mil quilos. E, no ano passado seguiu em queda, passado para 206 toneladas.
Enquanto isso, as apreensões de cacaína estão fazendo o caminho inverso, mostrando que o narcotráfico na região de fronteira com o Paraguai e Bolívia mudou de foco e isso levou a fiscalização a alterar também sua forma de trabalho.
Ao longo de 2020 a PRF reteve 5 toneladas de cocaína ou cloridrato de cocaína. No ano seguinte foram 5,2 toneladas e no ano passado o volume mais que dobrou, fechando o ano em 10,7 toneladas. Agora, do começo até agora são 7,2 toneladas.
Fonte: Correio do Estado