Mato Grosso do Sul deve colher uma safra maior de cana-de-açúcar em 2025/26, com aumento previsto de 6,3% em relação ao ciclo anterior. Os dados são do terceiro levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado nesta terça-feira (4).
A estimativa é que o Estado produza 52,38 milhões de toneladas de cana, acima das 49,27 milhões de toneladas colhidas na safra 2024/25. Com esse volume, MS segue como o quarto maior produtor do país, atrás de São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
Segundo a Conab, a área plantada em Mato Grosso do Sul deve crescer 6,2% e chegar a 715,9 mil hectares. A produtividade praticamente se mantém estável, com média de 73.170 kg por hectare, leve alta de 0,1% em comparação com o ciclo anterior.
O desempenho positivo é reflexo de clima mais favorável neste início de ciclo, além do avanço de tecnologias no campo e manejo mais eficiente. Ao mesmo tempo, episódios de geadas em julho afetaram algumas áreas, exigindo replantio em talhões específicos. Mesmo assim, o Estado conseguiu manter o ritmo e deve encerrar a colheita até dezembro.
Situação nacional
No Brasil, a Conab estima produção total de 666,4 milhões de toneladas de cana na safra 2025/26, queda de 1,6% em relação ao ciclo anterior. A área colhida deve chegar a 8,97 milhões de hectares, alta de 2,4%, mas a produtividade média nacional deve cair 3,8%, impactada por clima irregular, falta de chuvas em momentos pontuais e episódios de incêndios e calor intenso nas lavouras do Centro-Sul.
Mesmo com recuo da cana, a produção de açúcar deve crescer e alcançar 45 milhões de toneladas, alta de 2%. O resultado é impulsionado pelo bom mercado do açúcar ao longo do ano, levando usinas a priorizarem o açúcar.
Já o etanol terá queda na produção total, chegando a 36,2 bilhões de litros (-2,8%). O etanol de cana deve cair 9,5% e somar 26,55 bilhões de litros, enquanto o etanol de milho segue em expansão e deve bater recorde com 9,61 bilhões de litros, alta de 22,6%.
Oscilações de mercado
A Conab destaca que, apesar das oscilações de mercado e das dificuldades climáticas, o setor segue investindo e expandindo. No Centro-Oeste, empresas do setor sucroenergético já planejam mais unidades voltadas à produção de etanol de milho, o que reforça a diversificação e a segurança do abastecimento no país.
O boletim da Conab reúne dados colhidos diretamente nas unidades produtoras e usa modelos estatísticos para prever produtividade nas regiões onde a colheita ainda não começou. O objetivo é oferecer informações precisas para produtores, mercado e autoridades, apoiando o planejamento e as decisões no agronegócio.
Fonte: Jornal Midiamax





















