O sonho de conquistar a primeira habilitação tem se tornado um desafio cada vez mais difícil para milhares de candidatos em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Detran-MS recebeu 114.059 candidatos para a realização do exame prático, essencial para a emissão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Os dados revelam um cenário preocupante entre as categorias A e B, onde quase metade dos candidatos foi reprovada.
De acordo com o órgão, 76.199 pessoas passaram pelas provas de habilitação na categoria B (automóveis), mas apenas 49,6% obtiveram êxito. Em números absolutos, isso significa que cerca de 38.400 candidatos foram reprovados.
Na Categoria A (motocicletas), o cenário foi um pouco mais positivo, com 61,7% de aprovação entre os 37.860 inscritos. Ainda assim, quase 14.500 motociclistas em potencial não conseguiram passar no teste prático.
Somando as duas categorias, dos 114.059 candidatos que participaram do exame, aproximadamente 52.900 foram reprovados, representando um total de 46,36% de reprovação.
Os principais motivos de reprovação variam de acordo com a categoria de acordo com o órgão. Para os candidatos de automóveis, erros relacionados à baliza são os mais recorrentes. Avançar sobre o balizamento, não concluir a manobra em até três tentativas dentro do tempo limite de cinco minutos e dirigir de forma que ameace pedestres ou outros veículos estão entre as principais faltas eliminatórias.
No caso das motocicletas, os erros mais comuns incluem colocar os pés no chão com o veículo em movimento, desrespeitar o percurso estabelecido e iniciar a prova sem o capacete devidamente ajustado ou sem viseira/proteção ocular.
A gerente de exames de habilitação do Detran-MS, Lina Zeinab, destaca o papel crucial do aspecto emocional durante o exame prático.
“Observamos que a prova prática de habilitação gera um impacto emocional significativo, pois representa um marco importante de autonomia e independência na vida das pessoas. A ansiedade é um fator comum, especialmente em candidatos que já foram reprovados anteriormente”, afirma.
Lina reforça que o nervosismo pode ser minimizado com uma preparação adequada.
“Para se sentir seguro, o candidato precisa investir em boas aulas práticas e buscar se acalmar antes do exame. Além disso, o entendimento das regras e o treinamento repetido das manobras são essenciais para reduzir os erros”, conclui.
Matéria: Campo Grande News
