Réu da Omertá e braço direito de Beira-Mar estão em lista de criminosos mais procurados do Brasil

Foto: Do lado esquerdo da montagem Juanil Miranda Lima, e do lado direto Leozinho ou Playboy. Dois criminosos com origem em Mato Grosso do Sul na lista dos 10 mais procurados no Brasil. (Fotos da montagem: Divulgação / Ministério da Justiça e Segurança Pública)

O Ministério da Justiça e Segurança Pública atualizou a lista dos 10 criminosos mais procurados do Brasil. Entre eles, dois tem origem em Mato Grosso do Sul: o ex-guarda civil municipal de Campo Grande, Juanil Miranda Lima. E Leozinho ou Playboy, que é considerado o braço direito de Fernandinho Beira-Mar.

Juanil Miranda Lima é investigada no âmbito da Operação Omertà, por suspeita de ligação com milícia supostamente criada pelo empresário Jamil Name e pelo filho Jamil Name Filho.

Juanil foi condenado pela execução do delegado Paulo Magalhães Araújo, morto em frente à escola da filha em junho de 2013, na Capital. O pistoleiro monitorou – junto com Zezinho que já está preso – o delegado desde a casa dele até à escola na Rua Alagoas, e lá decidiram fazer a execução.

O monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas. Ambos também são investigados pela morte de Orlando da Silva Fernandes, o Bomba, ex-chefe de segurança de Jorge Rafaat Toumani.

Ex-braço direito de Fernandinho Beira-Mar

Leozinho tem origem em MS, em Ponta Porã, mas sua atuação era na fronteira e em outras regiões sob o comando do CV (Comando Vermelho). Leomar Oliveira Barbosa, conhecido como Leozinho ou Playboy, seria considerado o braço direito de Fernandinho Beira-Mar.

De acordo com o relatório do Ministério da Justiça, Leozinho é acusado de ser um dos operadores da Conexão Atibaia, onde era um dos responsáveis pela logística de operações envolvendo o envio de cocaína do Paraguai para um aeroclube em Atibaia (SP).

Ele foi solto indevidamente do Presídio Estadual de Formosa em 2018, após o cumprimento de um Alvará de Soltura da Vara da Justiça Federal em Goiás. Havia outras duas condenações contra ele na 1ª Vara de Execução Penal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

Execução de policial

O chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Campo Grande, Ilson Martins Figueiredo, foi morto na manhã do dia 11 de junho de 2018, quando a vítima estava conduzindo um Kia Sportage, na Avenida Guaicurus, momento em que foi surpreendido e teve o carro alvejado por diversos tiros de grosso calibre, como os de fuzil AK-47.

Conforme a denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em setembro de 2020, a princípio, Melciades Aldana, Marcelo Rios e Juanil Miranda teriam agido a mando dos outros denunciados, matando Ilson a tiros de fuzil.

Durante as investigações, foi apurado que o crime teria ocorrido a mando de Fahd, Flavinho, Jamil Name e Filho. Ainda foi apontado que Melciades seria homem de confiança, responsável por levantar informações das vítimas do grupo e trajeto que realizavam, para que fosse possível a emboscada.

Como motivação, o MPMS apontou que teria ligação com o desaparecimento — posteriormente dado como morte — de Daniel Alvarez Georges, filho de Fahd. Ele desapareceu em maio de 2011 e após anos de investigação foram apontados como responsáveis Claudio Rodrigues de Souza, o ‘Meia Água’, Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o ‘Betão’, e Ilson Martins.

‘Meia Água’ foi assassinado em setembro de 2015, com vários tiros em Jandira (SP). Já Betão foi encontrado morto em Bela Vista em 21 de abril de 2016. Por isso, a investigação apontou para crime de vingança na morte de Ilson.

Morte em cachaçaria

Na terça-feira 22 de março de 2022, Juanil Miranda Lima foi um dos pronunciados como réu pelo homicídio de Marcel Hernandes Colombo, o ‘Playboy da Mansão’, crime cometido na madrugada do dia 18 de outubro de 2018. Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos de arma de fogo.

Inicialmente, foram denunciados 7 réus pelo crime, sendo que dois faleceram – Jamil Name e José Moreira Freires – e um segue foragido – Juanil Miranda.

Os réus respondem pelo homicídio qualificado por motivo fútil e por emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificulte a defesa da vítima, bem como tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras.

A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.

Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.

Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi por um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.

 

Fonte: Jornal Midiamax

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