São Gabriel do Oeste já registra seis casos de acidentes com escorpiões em 2022

De acordo com dados do Ministério da Saúde, as mortes por envenenamento de escorpião vêm crescendo no Brasil. Nos últimos três anos, o aumento foi de 76%. De janeiro até agora, são 52 mortes e mais de 65 mil acidentes no país. Em São Gabriel do Oeste, dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam, até este mês, seis casos de acidentes com escorpiões na cidade, porém sem gravidade.

As mortes por envenenamento causadas por picada de escorpião são mais comuns em crianças. Só neste ano, duas crianças faleceram em decorrência de ataques de escorpiões no Estado. A última foi João Pedro dos Santos Pereira, de sete anos, no município de Cassilândia.

Dos casos registrados em São Gabriel do Oeste, dois foram em pessoas com idades entre 30 e 39 anos, dois em pessoas de 40 anos e dois entre 10 e 15 anos.

Prevenção

Para quem se pergunta o que fazer para evitar a presença dos escorpiões, a prevenção é, como sempre, o melhor caminho. Para isso é preciso manter o quintal limpo, livre de entulho, sem mato e com a grama baixa.

De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde de São Gabriel do Oeste, Ilaine Marocco, outras dicas são: afastar camas de paredes, olhar dentro de calçados, usar calçados e luvas de proteção durante atividades rurais ou de jardinagem e usar telas em ralos de chão.

Uma forma rápida e barata de proteger a casa dos escorpiões é jogar água sanitária nos ralos, do banheiro, da pia da cozinha.

Ilaine destaca que ao ser picado, a vítima deve procurar atendimento médico no Hospital Municipal imediatamente.

Em caso de dúvidas, o cidadão pode acionar a Secretaria de Saúde de São Gabriel do Oeste através do telefone 3295.2456.

Veneno

O veneno de todos os escorpiões possui efeito neurotóxico, ou seja, age no sistema nervoso. A picada é extremamente dolorosa, provoca dor intensa no local afetado e se dispersa por todo o corpo, levando a vítima a um estado de hiperestesia, fazendo com que o doente fique extremamente sensível ao menor toque em todo o corpo.

A ação neurotrópica da peçonha age sobre o bulbo (medula oblonga) região importantíssima do encéfalo que controla os movimentos respiratórios e cardíacos, além dos movimentos peristálticos, mas sua ação é específica sobre a região do bulbo controladora da respiração, o que faz com que a vítima morra por parada respiratória.

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