Saúde tem de criar equipe especial só para vigiar “fujões” que testaram positivo para covid-19

Foto: Coroneis Djan e Barros explicam ações realizadas no interior (Foto: Paulo Francis)

Força policial tem sido acionada para buscar contaminados pelo coronavírus que não respeitam o isolamento domiciliar

A maior dificuldade das equipes de saúde durante a pandemia da covid-19 tem sido manter as pessoas contaminadas em isolamento domiciliar, de acordo com a Comissão de Controle Sanitário.

O coronel Hugo Djan Leite, presidente da CCS (Comissão de Controle Sanitário), explica que uma força policial visita diariamente os pacientes, mas nem sempre eles cumprem o isolamento como deveriam.

“Acionamento a força policial, seja bombeiro, Polícias Militar ou Civil, para ver se encontram. A pessoa quando é positivada, o médico determina que fique em isolamento domiciliar. Não pode sair. A maior dificuldade do município é controlar essa pessoa em casa”, explica.

Caso não sejam encontrados na residência, segundo o presidente da CCS, é feito um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) na Polícia Civil e a pessoa fujona responderá criminalmente. “Muitas pessoas não sabem que são obrigadas a ficar em casa. Ela quer visitar alguém, ir ao mercado, farmácia”, explica.

O coronel Artemison Monteiro de Barros aponta que foram abordadas nas 17 barreiras sanitárias 1.546.037 pessoas em 629.515 veículos durante três meses de operação. Atualmente, são 15 barreiras ainda em funcionamento.

Ele aponta que diante do aumento de casos nos municípios, as prefeituras têm solicitado barreiras, mas como não há estrutura e nem recursos humanos suficientes para todos, a Comissão de Controle Sanitário tem atuado como assessoria orientando os municípios a realizarem suas próprias barreiras.

O presidente da CCS também apontou a baixa taxa de isolamento social como uma das principais dificuldades no trabalho de contenção à covid. O índice em Mato Grosso do Sul tem ficado em 37%.

“O isolamento social tem sido a maior dificuldade. As pessoas ainda não entenderam a necessidade, não estão acreditando. A doença só torna importância dentro do domicílio quando tem o rosto de algum familiar”, completa o coronel Djan.

CGNEWS

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