É possível que Mato Grosso do Sul tenha registrado o primeiro caso de sorotipo 4 de dengue no ano. A SES (Secretaria Estadual de Saúde) investiga se ele tem relação com a vacina que a pessoa recebeu ou se a doença foi realmente transmitida por mosquito.
O registro deste sorotipo aparece no boletim epidemiológico divulgado hoje (21). Em nota, a secretaria esclareceu que:
“O exame referente já foi encaminhado para um laboratório de referência fora do Estado para realização de sequenciamento genético, com o objetivo de obter informações detalhadas sobre o caso e garantir a precisão das análises”.
O quarto tipo desperta preocupação com uma nova epidemia da doença, já que a maioria da população não teve contato com ele. Os mais comuns são o 1 e o 2.
O paciente que tem amostra de sangue em investigação mora em município da região baixo pantanal.
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Foram identificados apenas cinco casos assim durante todo o ano passado, também de acordo com dados da SES.
A única morte pela doença confirmada no Estado até agora, é de uma idosa que morava em Inocência. Ela foi infectada com dengue tipo 2.
Tipo 3
O terceiro sorotipo já soma 93 casos confirmados em Mato Grosso do Sul.
Conforme o último boletim, a regiões com mais registros são a nordeste e leste do Estado, que abrangem municípios como Três Lagoas e Aparecida do Taboado.
Igual ao quarto tipo, o terceiro tem menor circulação entre a população.
Total
Os casos de dengue positivos registrados até 15 de fevereiro em Mato Grosso do Sul somam 804. Ponta Porã. Chapadão do Sul e Costa Rica concentram a maioria.
Dois óbitos suspeitos pela doença são investigados. São 2.515 casos prováveis de infecção até agora.
Sintomas e vacina
Todos os sorotipos de dengue apresentam os mesmos sintomas (dores de cabeça, no corpo e articulações, febre alta, diarreia e vômito) e o tratamento para recuperação é semelhante.
A vacina disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) é a Qdenga. Ela protege contra todos os sorotipos da dengue e pode ser procurada por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, seguindo recomendação do Ministério da Saúde.
Matéria: Campo Grande News