O secretário de Finanças de Bonito, Edilberto Cruz Gonçalves, conhecido como “Beto da Pax”, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (2) durante a Operação Águas Turvas, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) em apoio à 1ª Promotoria de Justiça da cidade.
Também foram presos o arquiteto Carlos Henrique Sanches Corrêa, fiscal de obras públicas da cidade e dono da empresa Sanches e Corrêa Ltda, e a gerente do setor de licitação e compras da prefeitura, Luciane Cíntia Pazette.
A operação tem como alvos ainda o empresário Genilton da Silva Moreira, da Base Construtora e Logística, e o corretor de imóveis Luiz Fernando Xavier Duarte. Contra Luiz Fernando foi cumprido apenas um mandado de busca e apreensão. Em relação a Genilton, a reportagem não conseguiu confirmar até a publicação deste material se ele seria alvo de prisão.
Genilton já foi preso em duas outras investigações sobre fraudes em licitações, mas em Terenos: as operações Velatus e Spotless. A empresa dele mantém contratos que somam pelo menos R$ 3 milhões em obras com a Prefeitura de Bonito.

Luiz Fernando foi detido em flagrante hoje, por porte ilegal de arma de fogo, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 2 mil. O mandado o identifica como estudante que atualmente atua em uma corretora de imóveis. Ele também é citado nas buscas como ex-presidente da Associação Pestalozzi da cidade.
Operação
A Águas Turvas cumpre quatro mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão em Campo Grande, Bonito, Terenos e Curitiba (PR). A ação conta com apoio do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado).
As investigações apuram crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, entre outros. De acordo com o Ministério Público, foi constatada a existência de um grupo que atua fraudando sistematicamente licitações de obras e serviços de engenharia em Bonito desde 2021.
“São inúmeras licitações fraudadas mediante simulação de concorrência e exigências específicas criadas para direcionar o objeto do certame às empresas do grupo criminoso”, informou o MP em nota. Os contratos sob suspeita somam R$ 4.397.966,86.
Matéria: Campo Grande News