Na terça-feira (26), servidor da Prefeitura de Costa Rica, cidade que fica a 384 quilômetros de Campo Grande, foi denunciado à polícia por assédio sexual contra uma adolescente de 17 anos. Testemunhas relatam ainda que há outras vítimas, que não denunciaram o acusado por medo.
A adolescente foi até a delegacia acompanhada da mãe e foi feito o boletim de ocorrência. De acordo com o registro, a jovem foi assediada pelo servidor, que é superior hierárquico. Ao fim do expediente, o acusado teria oferecido carona para a vítima, que aceitou.
Conforme a jovem, ela seguiria para a academia, mas o acusado acabou desviando o caminho. No trajeto, ele passou a fazer perguntas de cunho sexual para a vítima, bem como questionava sobre relacionamento. Em determinado momento ele perguntou para onde a vítima iria e se precisava de dinheiro.
O acusado chegou a oferecer R$ 1 mil para a adolescente, dizendo “É assim que se cresce na vida”. Em determinado momento, o acusado teria beijado a adolescente, passando a mãe pelo corpo da jovem. Após chegar em casa, a vítima contou sobre os fatos para a mãe, que decidiu procurar a polícia.
O caso foi registrado como assédio sexual com aumento de pena, se a vítima tem menos de 18 anos. É configurado o crime uma vez que a vítima pode ter sido coagida, uma vez que o autor teria se prevalecido da condição de superior hierárquico.
Testemunha relatou que o servidor já teria cometido o mesmo crime contra outras adolescentes, que não chegaram a procurar a polícia por medo. Conforme o prefeito Cleverson Alves dos Santos (PP), o servidor já foi afastado e foi determinada abertura de processo para apuração dos fatos.
Mais um caso
O caso denunciado em Costa Rica é o 2º escândalo sexual envolvendo ambiente de gestão municipal que veio a tona em Mato Grosso do Sul esta semana.
Na segunda-feira (25), a reportagem noticiou inquérito da Polícia Civil que apura o ex-prefeito de Campo Grande e pré-candidato ao Governo de MS pelo PSD, Marquinhos Trad, por assédio sexual.
A polícia investiga o caso após mulheres procurarem a Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) e relatarem ter tido relações com o então prefeito, inclusive no gabinete, sob promessa de conseguir emprego.
Marquinhos admitiu que cometeu adultério enquanto estava na Prefeitura de Campo Grande, mas declarou que as acusações seriam parte de uma ‘armação política daqueles que não querem largar o poder’ para prejudicar a candidatura dele a menos de 3 meses das eleições.
Fonte: Jornal Midiamax