Sul-mato-grossenses devem deixar Israel nesta quarta-feira

Está prevista para esta quarta-feira (18) a saída de mais um grupo de brasileiros que permanece em Israel desde a escalada do conflito com o Irã. Entre os que devem retornar ao Brasil estão três representantes de Mato Grosso do Sul: Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação; Christinne Maymone, secretária-adjunta Estadual de Saúde; e Marcos Espíndola, coordenador de TI da mesma pasta.

Eles estavam em missão oficial a convite do governo israelense. A retirada será feita por via terrestre, com posterior embarque em voos comerciais, sob apoio das embaixadas brasileiras na região. Por questões de segurança, detalhes sobre horários e trajeto não foram divulgados.

Desde o início da crise, autoridades brasileiras têm acompanhado a situação de cidadãos que estavam em missão ou turismo no Oriente Médio. O Itamaraty mantém articulação com países vizinhos para viabilizar novas rotas de saída e não descarta uma missão de resgate com apoio da FAB (Força Aérea Brasileira), caso haja condições logísticas e de segurança para isso. Atualmente, o espaço aéreo israelense segue fechado, o que dificulta esse tipo de operação.

O senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, tem acompanhado os desdobramentos e mantido contato com o grupo de sul-mato-grossenses. A comissão também monitora a situação de dezenas de brasileiros que seguem na região, como um grupo em missão religiosa na Galileia e turistas que buscam auxílio consular para retornar ao Brasil.

“Nosso compromisso é com o retorno seguro de todos os brasileiros que ainda aguardam repatriação”, disse o senador.

Conflito

A viagem das autoridades públicas brasileiras ocorre em meio à guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, conflito bélico que se arrasta há décadas e se intensificou em outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, matando e sequestrando civis em território israelense.

A partir daí, a reação militar israelense arrasou a Faixa de Gaza, ceifando milhares de vidas, incluindo de civis e crianças. Em resposta às ações do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o governo brasileiro estuda medidas para romper relações militares com Israel.

Além de ocupar a Faixa de Gaza, Israel abriu, na semana passada, uma nova frente de guerra, bombardeando o Irã durante a madrugada da última sexta-feira (13). Segundo Tel Aviv, os alvos dos ataques foram instalações militares e nucleares. De acordo com fontes iranianas, ao menos nove pessoas morreram e uma centena ficou ferida já neste primeiro ataque israelense.

A retaliação iraniana não demorou e, no mesmo dia (13), mísseis balísticos atingiram Tel Aviv e Jerusalém.

 

Matéria: Campo Grande News

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