A segunda operação do Ministério Público do Trabalho (MPT), retirou 7 trabalhadores em condições análogas à escravidão em Mato Grosso do Sul. A Operação Resgate II iniciou no dia 4 de julho e ainda está em andamento.
Quase 50 equipes de fiscalização diretamente envolvidas nas inspeções, estão atuando em 22 estados e no Distrito Federal. A operação já retirou 337 trabalhadores sob trabalho análogo ao de escravo, destes, 149 resgatados estavam em situação de tráfico de pessoas.
Com estes números de julho, o total de resgatados em 2022 já é de 1.124 trabalhadores e trabalhadoras. Os estados em destaque com maior número de pessoas resgatadas na operação foram Goiás e Minas Gerais. Sendo que as atividades econômicas com maior quantidade de resgaste no meio rural foram serviços de colheita, cultivo de café e criação de bovinos para corte.
Na área urbana os casos em maior quantidade foram em trabalho doméstico, e segundo informações do MPT chamou atenção os resgates que aconteceram em uma clínica de reabilitação.
Além disso, entre os resgatados, estavam cinco crianças e adolescentes, quatro imigrantes de nacionalidade paraguaia e venezuelana.
Os empregadores foram notificados com a encerrar as atividades e realizar a formalização do vínculo empregatício e o pagamento das verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores. Podem também ser responsabilizados por danos morais, multas administrativas e ações criminais.
A Operação Resgate II é a maior ação conjunta no país com o objetivo de combater o trabalho análogo ao de escravo e o tráfico de pessoas, integrada pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Previdência, Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Fonte: Correio do Estado