Após um início de mês chuvoso, a semana deve ser quente e seca em Mato Grosso do Sul, com índices de umidade oscilando entre 20% e 40%, segundo previsão do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).
O baixo índice de umidade preocupa, devido a ser altamente prejudicial à saúde, principalmente para pessoas que sofrem de problemas respiratórios pré-existentes.
A situação também é preocupante devido ao período crítico para aumento de queimadas.
Com a falta de chuvas, há o potencial aumento de focos de calor e de incêndios florestais, comumente visto no Pantanal.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um nível considerado aceitável de umidade deve estar acima de 30%, abaixo disso já é prejudicial a saúde.
Especialistas orientam que a população tome medidas para amenizar a secura, fique atenta aos sintomas e procure ajuda médica caso necessário.
Como amenizar os problemas e diminuir a secura do ar?
Conforme o pneumologista Ronaldo Queiroz, muito do que se fala sobre aumentar a imunidade para evitar crises ou problemas respiratórios é “folclórico” e a orientação é sempre manter uma vida saudável, evitar aglomerações e ingerir bastante líquidos.
“As pessoas que tem boa saúde, a imunidade já existe e são as condições externas que acabam agravando as doenças”, disse.
A hidratação é a recomendação principal pois, manter o corpo hidratado é uma forma de também manter as defesas do organismo contra vírus, bactérias, poeira e fungos.
O médico também recomenda que o uso de um umidificar em ambientes como sala e quarta, ou o uso de bacia com água embaixo da cama e toalha molhada na janela, para aumentar o índice de umidade no ambiente.
Para quem tem problemas respiratórios crônicos, fazer inalação regularmente ajuda, e para quem não sofre das síndromes, dica é molhar as narinas com frequência para amenizar a secura.
Veja dicas de especialistas para cada índice de umidade:
Entre 30% a 20% – Estado de atenção
- Evitar exercícios físicos ao ar livre entre as 11h e 15h.
- Umidificar o ambiente através de vaporizantes, toalhas molhadas, recipientes com água.
- Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol.
- Beber bastante água.
Entre 20% a 12% – Estado de alerta
- Observar as recomendações do estado de atenção.
- Suprimir exercícios físicos e trabalho ao ar livre entre 10h e 16h.
- Evitar aglomerações em ambientes fechados.
- Usar soro fisiológico nos olhos e narinas.
Abaixo dos 12% – Estado de emergência
- Observar as recomendações do estado de atenção.
- Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre as 10h e 16h como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondências, entre outras.
- Determinar suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados com aulas, cinemas, entre as 10h e 16h.
- Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente, quarto de crianças, hospitais etc.
Cuidados com a pele
A pele também sofre com o tempo seco e deve ter uma atenção especial na rotina de cuidados diários.
Assim como no caso dos problemas respiratórios, a hidratação é primordial para manutenção do viço e da integridade da camada de proteção cutânea, para evitar descamação, ressecamento, envelhecimento precoce, irritações e infecções.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o processo de hidratação deve ser interno, com a ingestão de no mínimo dois litros de água por dia, e por fora, com uso de hidratantes para a pele, rosto e lábios.
No inverno é comum a amplitude térmica, com temperaturas mais baixas pela manhã e noite e calor à tarde, o que torna comum os banhos quentes, que também devem ser evitados, pois podem alterar a saúde da pele.
Protetor solar é indispensável, mesmo quando a pessoa não sai de casa.
Fonte: Correio do Estado