VEJA O VÍDEO: Rastejar sob a terra em túnel escavado por bandidos é como entrar em “forno sem fim”

Criminosos gastavam, aproximadamente, R$ 21 mil por mês

Quadrilha gastava mensalmente, aproximadamente, R$ 21 mil com despesas para cavar túnel de seis metros de profundidade. O local é altamente insalubre, muito quente e úmido. Bandidos tinham que rastejar para conseguir cavar o buraco.

Logo ao entrar na edícula, onde fica o acesso ao túnel, o cheiro de terra úmida, o calor e o espaço reduzido já causam sensação de claustrofobia. O espaço é completamente insalubre.

Repórter fotográfico do Correio do Estado Bruno Henrique percorreu alguns metros da passagem subterrânea e conta que a sensação que teve era como se tivesse entrado dentro de um forno.

Com pouco mais de 1,8 metro, ele teve que ficar de cócoras e com a cabeça baixa para conseguir fazer o registro. Havia alguns ventiladores que aliviavam um pouco, mas ao olhar para a frente, a impressão era de que o túnel não tinha fim.

As marcas de barro na roupa são prova da dificuldade em descer até o local. Pelas características da passagem, que tem 1 metro de altura por um de largura, é possível calcular que somente um dos bandidos cavava por vez, enquanto outro era responsável por retirar a terra e outro subia os barris até o nível térreo para estocá-la em sacos.

Funcionários de uma empresa que fica em frente ao imóvel nunca desconfiaram de toda essa movimentação e ficaram impressionados quando souberam do plano que era literalmente arquitetado sob seus olhos.

“Só tomamos por conta quando soubemos que a polícia estourou o local. Aqui tem muito barulho, muita passagem de caminhões”, relatou um homem que pediu para não ser identificado.

Mais impressionados ainda ficaram os trabalhadores da oficina mecânica e funilaria por onde o túnel passou por baixo.

“Aos fundos temos a vala onde fazemos alinhamento. Eles devem ter passado por perto”, disse um dos funcionários.

ORGANIZAÇÃO

A quadrilha se preocupava em não deixar rastros. Uma das evidências é a quantidade de água refrigerada, porém, o que chamou atenção é que todas as garrafas estavam sem rótulo. De acordo com o delegado Sartori, a preocupação dos bandidos era com o rastreamento, por meio do código de barras, pois, dessa maneira, seria possível identificar de onde eles compraram as águas e poderiam acionar as câmeras de segurança para identificar os ladrões.

 

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