Não foi o ‘Meteoro da Paixão’ que acabou atingindo uma jovem, de 24 anos, no último show do cantor Luan Santana, na Expogrande. Um drone acabou despencando na cabeça dela e a ferindo. Ainda neste domingo (1°), ela sente dores por conta do impacto que sofreu com o equipamento de imagens.
Sem querer se identificar, ela conta que estava assistindo o tão aguardando ‘Luan City’, na área Vip do evento. No momento do acidente, sentiu a pancada na cabeça e acreditou ser uma garrafa ou copo, só depois percebeu o drone embaraçado no cabelo. Depressa, uma Guarda Civil Metropolitana viu a situação e conseguiu ajudar.
“Foi uma batida muito forte, bateu no meu amigo também, cortou ele. Ela [GCM] segurou o drone e eu só falava ‘me tira daqui’, porque imagina que alguém ia fazer foto ou vídeo, o meu medo era alguém divulgar na internet e eu virar meme. Depois eu tive uma crise de risos, por que logo comigo isso foi acontecer? Eu não tinha visto a gravidade”, disse.
A servidora a levou para uma ambulância que presta atendimento no espaço. Até mesmo a equipe se machucou enquanto tentava retirar o equipamento enroscado no cabelo. Além do susto, a vítima ficou tonta e debilitada com o incidente.
“Ninguém estava lá comigo, porque, no momento que caiu, minha amiga tinha ido ao banheiro. O socorrista cortou o dedo e demorou um pouco para tirar. Eu não sei como conseguiram tirar do meu cabelo, ele ainda estava ligado. Ela tirou uma parte de cima e ele desligou. Eu fiquei muito tonta, segurava na grade e quem passava achava que eu estava bêbada, só estava tentando me recuperar”.
Ela perdeu quase todo o show, já que ainda estava debilitada. Em dado momento, um homem apareceu perguntando sobre o drone, mas não sabia se era o dono ou da equipe. “Ele perguntou se eu estava bem, mas estava mais preocupado com o drone do que comigo. Eu levei ele até a moça que conseguiu retirar e ele sumiu. Uma coisa muito importante, a equipe de segurança e o pessoal do Quali Salva me acolheram muito bem e me tranquilizaram. Se não fosse aquela mulher [GCM] meu cabelo tinha ido pro saco”, relata.
Pouco se lembra sobre o rapaz, ainda, não recebeu suporte da equipe da organização do show. Embora a situação inusitada, os ferimentos poderiam ser mais sérios, já que as hélices são cortantes. “Minha cabeça na região está doendo muito, meu ouvido nem se fala. Uma hora ontem que fiquei bem tonta, mas hoje estou melhor, só que muita dor na cabeça e no ouvido. Graças a Deus não furou meu olho porque nem o tamanho do drone eu tinha visto”.
De quem era o drone?
Ate o momento, o proprietário do instrumento não foi identificado. Outro profissional piloto do aparelho, conta que a situação estava complicada no show, pois, teve que triplicar a atenção na gravação. “Nesse dia vários drones [estavam] voando junto. Me preocupo muito com isso, trabalho com muita cautela”.
A reportagem entrou em contato com a organização do evento, mas não obteve retorno até a publicação desde material. O espaço segue aberto para um posicionamento quanto a circulação de drones dentro do evento.
Confira o vídeo: