Página em rede social foi criada, supostamente por alunos da rede estadual, para divulgar as brigas em escola. O único vídeo postado na página tem quatro semanas e mostra dois adolescentes brigando com socos e chutes dentro de sala de aula de escola que parece ser a General Malan, no bairro Amambai. O nome da página no Instagram também remete à mesma instituição, já que usa a sigla GM ao final.
Ao fundo, no vídeo, ouve-se risos de quem assiste à luta e até a incentiva. Outros estudantes circulam em volta dos que estão brigando como se nada estivesse acontecendo. Na legenda, lê-se: “o primeiro de muitos”, referindo-se ao vídeo.
“Essa página apareceu como sugestão pra mim, de amigos que sigo e eles vão postar barracos dentro da escola, pelo jeito”, comentou. Segundo ela, há medo, mesmo os filhos dela ainda sendo pequenos. “O meu de seis anos acabou de ir pra escola estadual e dá medo porque na escola, os filhos fazem coisas que os pais duvidam”, afirma.
A leitora comenta ainda que a situação serve de alerta aos pais, para que prestem mais atenção nos filhos porque “muitas vezes, o pai fala pro filho não andar com más companhias, sem saber que o próprio filho e a má companhia”, avalia.
Violência
Desde o retorno das aulas este ano, muitos vídeos de brigas entre estudantes viralizaram e muitos viraram matéria no Campo Grande News. Sobre isso, a SED (Secretaria de Estado de Educação) e a própria secretária Maria Cecília Amêndola da Mota disseram que a pandemia “exaltou os ânimos” dos estudantes, ainda mais na idade em que estão. A rede está em processo de contratação de psicólogos para fazer o acompanhamento da situação.
“Os estudantes voltaram para um novo momento para reeducação e ressocialização. Eles ficaram dois anos separados e agora voltam a conviver com um monte de gente perto. Então, é preciso uma reorganização da escola, num sentido de rever os laços entre eles. Estamos tentando ajudar com cursos e na comunicação. Se a pandemia influenciou a gente, imagina estudante com essa idade, precisamos trabalhar bastante”, disse a secretária na semana passada.
Fonte: Campo Grande News