Quatro vezes mais casos: 1ª semana epidemiológica de 2023 tem recorde de dengue em MS

Foto: Imagem ilustrativa. (Foto: Arquivo, Jornal Midiamax)
Imagem: SES

Após encerrar 2022 com mais do dobro de casos prováveis de dengue em Mato Grosso do Sul, o boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde) mostrou que a 1ª semana epidemiológica do ano teve 4 vezes mais casos que o mesmo período do ano passado.

O documento mostra que em série histórica, na primeira semana de 2022 foram 53 casos enquanto em 2023, entre 1 a 7 de janeiro, foram 272 casos, um aumento de 413%.

Campo Grande, que liderou 2022 com o maior número de casos prováveis de dengue – 8.108 casos – registrou apenas um caso na primeira semana epidemiológica.

Conforme o boletim, quatro cidades mostraram uma cidade com alta incidência da doença e três com média incidência na primeira semana epidemiológica do ano. Foram elas: Caracol, Bonito, Rio Negro e Miranda. Confira a tabela:

Imagem: SES

Casos mais que dobraram em 2022

Mato Grosso do Sul registrou um crescimento nos casos de dengue em 2022 depois de redução de casos e também de óbitos em 2021. No ano passado, os casos prováveis da doença mais que dobraram em MS, chegando a ter alta de 170%.

Conforme o boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), a Semana Epidemiológica 52 , último documento com informações da doença em 2022, fechou com 27.111 casos prováveis, enquanto em 2021, foram 10.037 casos.

MS ficou em 9° em ranking de estados do país com maiores incidências da dengue, sendo 965 de incidência, que é calculada com os números absolutos de casos prováveis divididos pela população residente de cada município vezes 100.000 habitantes.

Apesar do crescimento no número, o ano de 2022 ainda foi considerado baixo nos números de casos prováveis quando comparado a 2019 e 2020, quando MS enfrentou epidemia de dengue, com mais de 65 mil e 52 mil casos respectivamente.

Alta incidência de dengue

O número de mortes por dengue em 2022 também superou o registrado em 2021. Faleceram 23 pessoas por dengue no ano passado, enquanto em 2021 foram 14. A última morte registrada foi a de um idoso de 82 anos, residente de Porto Murtinho, que faleceu em 29 de novembro e teve seu óbito confirmado em 12 de dezembro. Ele era diagnosticado com diabetes e hipertensão arterial.

De acordo com o boletim, os casos se concentraram em Campo Grande, quando foram registrados 8.108 casos. Para se ter uma noção da disparada de contaminados pela dengue na Capital, a segunda cidade com mais casos foi Três Lagoas, com 984 casos.

Ao todo, 60 municípios em MS fecharam a semana epidemiológica 52 com incidência alta, 15 com incidência média e apenas 4 com baixa incidência, sendo Aral Moreira, Selvíria, Alcinópolis e Bela Vista.

Sintomas da dengue

A dengue é uma doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. Fatores de risco individuais determinam a gravidade da doença e incluem idade, comorbidades (doenças pré-existentes) e infecções secundárias.

 

Fonte: Jornal Midiamax

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