Um câncer levou Roberto neste domingo.

Foto: Um câncer levou Roberto neste domingo. Ainda vivo, ele já estava eternizado.

Em maio de 1977 o Vasco enfrentou a Portuguesa no estádio da Ilha do Governador. Ali, foi feita uma das imagens mais lindas de Roberto Dinamite. Ele entrando em campo pelo túnel que dava acesso ao gramado (formado por um gradil) e muitas mãos de torcedores tentando tocá-lo.

Tem algo de divino neste registro fotográfico de Roberto Theobald. Parecem fiéis tentando tocar um ser divino. Ou súditos tentando se aproximar de um Rei. Nos dois casos, as comparações são justas para uma figura que movimentou e emocionou multidões.

Roberto foi um atacante gigantesco. Alto, forte e cabeludo, fazia gols potentes. Parecia desengonçado, mas tinha técnica finíssima batendo faltas, chutando, fazendo o pivô, cabeceando. A raiva com que parecia disputar cada bola não casava com o refinamento que tinha com a bola no pé. E muito menos com seu temperamento doce fora de campo, o sorriso sempre largo e a gentileza com todos.

Foi Deus no Vasco, jogou no Barcelona, foi bem na Portuguesa e percorreu uma carreira brilhante. Entre tantos números impressionantes, ele é, até hoje, o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro com 190 gols e do Campeonato Carioca com 279 gols.

 

Fonte: Band Sports

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