Ontem, ao anunciar na presidência da Assembleia Legislativa o novo organograma do governo do Estado para os próximos quatro anos, o governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) não revelou os nomes do seu futuro secretariado, porém, as alterações que ocorrerão na estrutura organizacional da próxima administração abriram brecha para a especulação sobre quem serão os escolhidos.
A reportagem conseguiu apurar que Eduardo Riedel já teria definido pelo menos 7 nomes dos 11 futuros secretários de Estado, ou seja, 64% do secretariado estaria certo.
O “alto clero” do governador eleito seria formado pelo vice-governador eleito José Carlos Barbosa (PP), que assumiria a Casa Civil, enquanto o deputado estadual licenciado Eduardo Rocha continuaria à frente da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov).
Além disso, o atual secretário-adjunto de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Ricardo Senna, assumiria a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), enquanto o atual secretário-adjunto de Governo e Gestão Estratégica, Flávio César Mendes de Oliveira, ficaria com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
O deputado estadual eleito Pedro Caravina assumiria a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), o deputado federal reeleito Beto Pereira comandaria a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Assistência Social (Sedhas) e o vereador João César Mattogrosso ficaria responsável pela Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc).
MAIS NOMES
As quatro secretarias restantes – Secretaria de Estado de Administração (SAD), Secretaria de Estado de Educação (SED), Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) – devem contemplar os partidos aliados. A reportagem ainda foi informada que alguns nomes do “baixo clero” de Riedel também já foram definidos.
A economista Sandra Amarilha, que atualmente é gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Comunicação do Sebrae-MS, assumiria a Secretaria Executiva de Comunicação, tendo o jornalista Ludney Moura na coordenação do jornalismo, enquanto o atual superintendente estadual de Gestão Estratégica, Thaner Castro Nogueira, seria o novo secretário-executivo de Gestão da Estratégia e Municipalismo.
Outra informação dada como certa é que o PT indicará nomes para a Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais e para a Secretaria Executiva de Qualificação Profissional e Trabalho. As demais secretarias executivas também vão abrigar os partidos aliados.
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Na reunião realizada na Casa de Leis, que contou com a presença dos deputados estaduais e do coordenador da transição, vice-governador eleito e deputado estadual Barbosinha, o governador eleito informou que não haverá alteração no número de secretarias existentes no Estado, portanto, permanecerão 11 e as mudanças serão de nomenclatura – todas elas, exceto a Educação, sofrerão reestruturação em sua organização atual.
“Nós temos um grupo de trabalho muito técnico na transição, que foi liderado pelo nosso vice-governador Barbosinha e que estudou detalhadamente a estrutura existente no governo do Estado, e, juntos, chegamos à conclusão do organograma apresentado aos parlamentares hoje e que possui um único objetivo: otimizar as áreas e garantir a dimensão das políticas públicas existentes em nosso plano de governo”, explicou Eduardo Riedel.
Ele disse, ainda, que a reestruturação apresentada visa garantir as premissas de seu novo governo.
“O organograma apresentado vai garantir que tenhamos um Mato Grosso do Sul mais inclusivo, próspero, verde e digital. Nosso foco é a transversalidade, a modernização, a redução de custos e a inclusão, com uma estrutura organizacional enxuta nas 11 secretarias, com pessoas e processos orientados para resultados eficientes e transformadores”, ressaltou.
Já o futuro vice-governador Barbosinha, que coordenou os trabalhos da equipe de transição, afirmou que todo o conjunto técnico do trabalho teve uma atenção especial às estruturas de gestão que permitam potencializar resultados nos temas definidos, por meio de uma análise de questões referenciais da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Todo o nosso organograma visa potencializar questões que foram embasadas nos seguintes princípios: participação popular; cidadania e dignidade da pessoa humana; inclusão social e digital; moralização e transparência da gestão pública; e desenvolvimento sustentável”, disse.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), explicou que, após a aprovação do organograma, que será feita em acordo de liderança no plenário da Assembleia Legislativa, o próximo passo é votar os dois projetos de lei que envolvem a questão, que são a reestruturação da administração pública e a reacomodação dos cargos que sofreram alterações.
“Agora, os projetos seguem para as comissões específicas da Casa de Leis e serão estudados. Nós vamos dar celeridade ao processo, convocaremos sessões extraordinárias se for necessário, e, a partir do dia da posse, o nosso futuro governador já poderá ter a sua administração organizada para iniciar o seu governo”, concluiu.
Fonte: Correio do Estado