Incêndios consumiram 1,9 milhão de hectares de Mato Grosso do Sul em 2024

Bombeiros de Mato Grosso do Sul atenderam 4.346 ocorrências de incêndios florestais até 27 de agosto de 2024. O número é 48,5% maior que as 2.926 ocorrências de 2023 e refletem o potencial de destruição dos incêndios deste ano. Só no Pantanal, as chamas já consumiram 1,7 milhão de hectares este ano.

Os dados são do monitoramento de incêndios florestais, elaborado pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). Somadas as áreas queimadas no Pantanal e Cerrado, se aproxima de 2 milhões de hectares de Mato Grosso do Sul consumidos pelas chamas em 2024.

Em relação às áreas protegidas, são 38 mil hectares queimados em unidades de conservação, 270 mil hectares da Rede Amolar no Pantanal e 362 mil hectares de terras indígenas de Mato Grosso do Sul.

O relatório aponta para aumento de 12,9% na área queimada do Cerrado/MS e aumento de 5.395,2% no Pantanal/MS em relação ao ano de 2023. Os municípios de Corumbá (65,6%), Aquidauana (16,9%), Porto Murtinho (8,6%) e Miranda (8,2%) concentram 99,3% dos focos de calor no Pantanal/MS, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O Corpo de Bombeiros está em atuação na região desde o dia 2 de abril de 2024 e já foi empregado um efetivo de 904 bombeiros e bombeiras militares nas ações de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais na Operação Pantanal 2024.

150 dias de operação

A Operação Pantanal, em combate aos incêndios florestais, completa nesta quinta-feira (29) os 150 dias em Mato Grosso do Sul. O cenário severo das queimadas resulta em constante aumento de hectares devastados pelo fogo, perda da fauna e morte de moradores. Para o mês de setembro, a previsão meteorológica é desanimadora diante das altas temperaturas, baixa umidade do ar e falta de chuvas.

A tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Tatiane Inoue, ressalta que o aumento em ocorrência de incêndios florestais não se limita apenas à região pantaneira, tendo alta em todos os biomas do Estado. Visando os próximos dias em estiagem, o combate ganha reforço de equipes do Paraná e Rio Grande do Sul. Ao todo, mais de 560 pessoas estão atuando no Estado, como ONGs, brigadistas, bombeiros e Forças Armadas.

 

Fonte: Jornal Midiamax

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