Segundo o comandante do Batalhão de Choque, denúncia é infundada e cães têm ração, além de assistência veterinária
Não é de hoje a denúncia de que os cães farejadores do canil do Batalhão de Choque da Polícia Militar sofrem com racionamento de ração e falta de assistência veterinária. Nesta semana, chegaram ao Campo Grande News novos relatos de que não há verba para ração, remédio e que os policiais trazem de casa o alimento para os animais.
“Os próprios policiais têm feito vaquinha para comprar as coisas, mas não dão conta. Eles chegam a trazer de casa para ajudar, mas a verdade é que a comida está no fim”, disse a pessoa que pediu para não ser identificada.
Somente pelo Batalhão de Choque, os 11 cães mantidos apreenderam 23 toneladas de maconha só neste ano. São animais das raças labrador e pastor belga.
“E ainda assim, eles não têm viatura para patrulhamento e ficam confinados, saindo só para dar apoio”, diz a denúncia.
Quando necessitam de exames ou consultas, o relato é que os procedimentos são feitos através de permuta com clínicas veterinárias em troca de doação de bolsas de sangue. “Quando não conseguem, fazem vaquinha e pagam e caso o cão precise de remédio”, exemplifica a denúncia.
A vacinação também é rachada entre os policiais, e a ração é variada, de acordo com o que se consegue comprar. Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar respondeu que o fornecimento de ração encontra-se normalizado e em processo licitatório.
Quanto às saídas, a nota diz que o canil é uma subunidade do Batalhão de Choque que atua em missões específicas de ações preventivas e repressivas em estabelecimentos penais e ações de apoio quando acionados, como por exemplo para situações de faro de entorpecente.
Ainda conforme a Polícia Militar, a Secretaria de Justiça e Segurança do Pública do Estado foi contemplada em projeto da Secretaria Nacional Antidroga, que investirá na “aquisição 20 cães prontos em condições de operar” como também em equipamentos de treinamento e seis viaturas para transporte de cães, totalizando um investimento de R$ 1.762.000,00. Também está em formação um médico veterinário para atuar no canil.
Comandante do Batalhão de Choque, o tenente-coronel Marcus Vinícius Pollet afirmou que a licitação para a compra de ração deve sair até amanhã, mas que nunca houve falta.
“Estou há quatro anos aqui e posso afirmar que nunca precisaram tirar 1 centavo do bolso”. Sobre as vacinas, o comandante respondeu que “em tese, está tudo em dia” e que há um convênio com as faculdades para os cães serem atendidos.
O Campo Grande News não teve autorização para fotografar os cães no canil.
Fonte: CGNews
