Quem mora no Mato Grosso do Sul já está habituado a encontrar com as araras-canindé pelas ruas e avenidas das cidades. Em São Gabriel do Oeste, as araras encantam os moradores que podem fotografar todo o colorido das aves no entardecer, quando o grande grupo se concentra nos braços das luminárias instaladas na avenida Getúlio Vargas.
Atraídas pelas árvores nativas do cerrado e pelas palmeiras imperiais, onde costumam fazer seus ninhos, as araras agora estão ganhando novas moradias, em casinhas construídas pela Prefeitura e que estarão sendo instaladas em pontos estratégicos do município. A iniciativa começou com a ideia de um morador, o senhor Zacarias Moscon, proprietário de um hotel na avenida principal que instalou a primeira casa em frente ao seu empreendimento. A casa de madeira se tornou um ponto turístico, rendendo um espetáculo à parte bem na entrada da cidade.
Nesta semana, uma equipe da Secretaria de Infraestrutura e Trânsito, deu início a instalação das casas. Bastou um dia para que a primeira unidade instalada em uma palmeira do paço municipal ganhasse novas moradoras; no amanhecer, um casal de araras já havia se “acomodado” tranquilamente em sua moradia, trocando carinhos e atraindo o olhar dos servidores que chegavam para trabalhar. De acordo com a equipe, as próximas unidades devem ser fixadas em algumas das árvores nas imediações do Parque Ecológico e demais avenidas da cidade.
De acordo com o secretário de Infraestrutura, Eris Oliveira Barbosa, na primeira remessa, seis casas foram confeccionadas em madeira para servir de lar das araras-canindé. Ele também informou que, para que as araras continuem a circular pela cidade, a prefeitura também está investindo em um novo projeto de arborização; substituindo algumas árvores antigas por novas plantas do cerrado, que oferecem um habitat mais propício para as aves da região. “Esperamos que as araras encontrem um ambiente mais favorável agora e que possam construir o lar para seus filhotes nestas novas casinhas”, concluiu.
Arara-canindé (Ara ararauna)
A espécie mede 83 centímetros e chama atenção pelas cores das penas: azul e amarelo. Alimenta-se de sementes, frutas e nozes. Vive aos pares ou em grupos de até 30 indivíduos em florestas de galeria, várzeas com palmeiras e no interior e borda de florestas altas. Distribui-se da Amazônia até o Paraná. Pode ser encontrada também no Peru, Colômbia, Bolívia, Argentina, Paraguai e Equador.
