MS tem queda de 82% em mortes por Covid neste ano

Com 209 óbitos contabilizados até essa última semana epidemiológica de 2023, Mato Grosso do Sul encerra o ano com queda de 82% no número de mortes causadas pela Covid-19 no Estado. Ainda, a letalidade da doença caiu 0,1%, no universo de 29.277 casos confirmados.

Médico Infectologista, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e professor Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Dr. Julio Croda esclarece que esse “0,1 porcento” a mais na letalidade, que fecha o ano 0,7%, indica apenas uma testagem menor entre a população.

“Porque a diferença é muito pequena. Comparada com 2020 e 2021, estima-se que a letalidade atual real está em torno de 0,2”, afirma Julio Croda.

Passado quatro anos desde o surgimento da Covid-19, mesmo que em menores quantidades, as mortes ainda acontecem e contágios seguem em curso.

Nesta última semana, por exemplo, 477 registros se acumularam aos casos da doença em Mato Grosso do Sul, com quatro óbitos mais recentes adicionados às 11.169 mortes totais no Estado.

Sendo que outras semanas epidemiológicas – como a 45ª e 48ª de 2023 – já tiveram maiores números de casos e óbitos registrados, 918 e nove, respectivamente, o infectologista ressalta que já tivemos momento pior no ano.

Entretanto, ele chama atenção para a maior possibilidade de contaminações que surgem com as confraternizações e chama atenção para o calendário vacinal, principalmente para os grupos mais vulneráveis, já que a nova variante alerta a sociedade como um todo.

“Voltamos ao nosso basal de menos de 200 casos e 1-2 óbitos. Com final do ano e surgimento da nova variante, jn1, podemos ter aumento de casos, mas não é a realidade atual. Importante manter a vacinação em dia”, comenta.

Covid-19

Importante destacar que de hoje (26) até sexta-feira (29), a vacinação contra Covid-19 na Capital está disponível nas mais de 70 unidades de saúde espalhadas pelas sete regiões urbanas de Campo Grande.

Além disso, cabe esclarecer que a JN.1 (assim como a JG.3) trata-se de sub-linhagem de uma variante em circulação pelo País. Essa primeira já responde por 3,2% dos registros por todo o globo, por pelo menos 47 países.

Atualmente, conforme o Ministério da Saúde, todas as vacinas encontradas no Sistema Único de Saúde (SUS) são eficazes contra todas as variantes em circulação no Brasil, atuando tanto na prevenção de sintomas mais graves e mortes.

Respondendo pelo maior número de casos em MS, proporcionalmente pela população, o sequenciamento genético de amostras da Capital indicam que, atualmente, as variantes Delta e Ômicron circulam em Campo Grande, com predominância da segunda citada.

Três Lagoas, que aparece ao lado da Capital como os municípios com maior número de sequenciamentos, indica o mesmo cenário dessas duas variantes, enquanto Nova Alvorada do Sul, Coxim e Cassilândia já apontam o aparecimento da Gamma.

Entre os grupos com maior vulnerabilidade, Julio Croda cita que os idosos e imunossuprimidos com mais de seis meses desde a última vacina, devem tomar outra dose do imunizante, enquanto crianças tem que ter pelo menos um esquema de imunização completo, segundo o infectologista.

 

Fonte: Correio de Estado

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