Saae busca novas tecnologias para reduzir odor e aumentar eficiência da estação tratamento de esgoto

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de São Gabriel do Oeste está investido em novas tecnologias para aumentar eficiência da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do município. Na tarde desta segunda-feira (19), a equipe da autarquia e uma responsável técnica da empresa SuperBAC visitaram a estação de tratamento para uma avaliação preliminar, onde será testado um novo produto.

De acordo com a presidente da autarquia, Rose Pires, umas das principais preocupações é reduzir os odores e aumentar a capacidade da ETE. “A reclamação da população, principalmente dos moradores do bairro Milani, quanto ao odor é um desafio. Os investimentos em saneamento têm um alto custo, com processos lentos e burocráticos, mas estamos confiantes que conseguiremos melhorar gradativamente a estação”, explicou Rose.

A gerente técnica da empresa Superbac, bióloga e gerente ambiental Monique Zorzin, explicou que a empresa trabalha com fornecimento de microrganismos para tratamento de efluentes, aumentando a capacidade de degradação de contaminantes e melhorando a eficiência do sistema. Os microrganismos vêm da fábrica nos Estados Unidos e sua formulação é terminada no Brasil.

 “O produto que vamos aplicar deverá aumentar a capacidade de tratamento, acelerando o processo de degradação. As bactérias naturais existem e estão trabalhando e o nosso produto tem a tendência de acelerar, vamos colocar uma concentração maior de microrganismos para consumir o excesso de sólidos orgânicos numa velocidade maior”, explicou Monique.

A representante da SuperBAC ainda destacou que a estação do Município já possui uma boa eficiência de tratamento e que deverá ser aumentada com a concentração maior de microrganismos, atuando de maneira significativa na redução do odor. “O odor é resultado do excesso de matéria orgânica e pelo próprio processo natural de um esgoto, mas quanto mais tratamento, quanto mais o sistema vai formando essa quantidade, essa biota, ele vai reduzindo essa carga e consequentemente reduzindo o odor também”, explicou a gerente técnica.

Conforme a equipe técnica do Saae e da SuperBAC, o odor da estação de tratamento está dentro dos padrões e vários fatores contribuem para seu aumento ou redução. “O sistema atende a cidade e está dentro dos padrões, o odor acaba sendo gerado com uma baixa de temperatura, porque as bactérias irão trabalhar menos, então, a questão é sempre ir aumentando essa quantidade, se está mais frio, vamos aumentar a quantidade de microrganismos”, comentou Monique Zorzin.

De acordo com Rose Pires, o produto será avaliado por três meses. O investimento será de R$ 17.251,60. “Vamos analisar se haverá uma melhora substancial na eficiência e na redução o odor também, que é a grande reclamação da população”, disse a presidente do Saae.

Novos investimentos

O crescimento populacional e desenvolvimento econômico acelerado de São Gabriel do Oeste já está exigindo novos investimentos em infraestrutura.  Segundo Rose Pires, o Saae está desenvolvendo um projeto para aumentar sua capacidade de tratamento de esgoto, considerando que o Município possui 97% de cobertura de esgoto, sendo cerca de 70% de ramais ligados.

“Nós estamos analisando um projeto de um Ralf (Reator Anaeróbio de Leito Fluidizado), a partir dele iremos buscar formas de custeio, buscando financiamento ou junto aos ministérios com a ministra Tereza Cristina, que vai nos dar suporte para buscar recursos para implantar o Ralf, avaliado entre cinco a seis milhões de reais, então, não é uma obra barata, mas há a necessidade”, explicou a presidente do Saae.

Também estavam presentes na visita:  Fábio Junior, superintendente do Saae; Magda Callegaro, Bioquímica do Saae; e Julian Ferreira Tsujiguchi, agente admistrativo da autarquia.

 

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